Lá vão, lado a lado, mão na mão, caminhando a par ao longo do Passeio Alegre. Olham de vez em quando o mar, sorriem muito entre si, encostando as cabeças, trocando mimos. Conhecem-se há cinco anos e namoram há quatro. Na semana passada, dizia-me ela ter encontrado o homem da sua vida. Ele, logo no início da relação, confidenciou-me que lhe custava acreditar que tudo pudesse ser tão perfeito, tão pacífico, tão intenso.
Atravessam a estrada, cumprimentam-me entusiasticamente (já não nos víamos há uns tempos) e contam-me que estão, finalmente – advérbio usado por eles mesmos –, noivos. A notícia deixa-me feliz e, simultaneamente, preocupada: por um lado, fico satisfeita por saber que mais um par de pessoas (re)encontrou a tranquilidade amorosa depois de relacionamentos falhados; por outro lado, preocupa-me a toilette para a cerimónia do «nó», agora que as estações já não são o que eram e no Outono há dias mais quentes do que em Agosto.
Quando seguiram caminho, dei por mim a pensar com os meus botões, a propósito do casamento: nestas coisas do amor é tudo tão simples que ninguém resiste a complicar.
© [m.m. botelho]
Atravessam a estrada, cumprimentam-me entusiasticamente (já não nos víamos há uns tempos) e contam-me que estão, finalmente – advérbio usado por eles mesmos –, noivos. A notícia deixa-me feliz e, simultaneamente, preocupada: por um lado, fico satisfeita por saber que mais um par de pessoas (re)encontrou a tranquilidade amorosa depois de relacionamentos falhados; por outro lado, preocupa-me a toilette para a cerimónia do «nó», agora que as estações já não são o que eram e no Outono há dias mais quentes do que em Agosto.
Quando seguiram caminho, dei por mim a pensar com os meus botões, a propósito do casamento: nestas coisas do amor é tudo tão simples que ninguém resiste a complicar.
© [m.m. botelho]