O Natal deste ano foi algo diferente dos anteriores.
1. Tive direito a mais tempo com quem amo, apesar das [cada vez mais] absorventes vidas profissionais, o que foi uma boa surpresa. Confirmei que é fabuloso e se recomenda. Nesta altura, em que não faltam sininhos a apregoar paz e amor, pode até parecer saloio escrever isto, mas é, de facto, muito bom amar e ser amado em paz. E é ainda melhor que isso aconteça durante o tempo todo, sem ser preciso ser Natal, como sucede comigo.
2. O meu querido sobrinho já diz uma sílaba do meu nome, bem como as semi-palavras «Natá», «cá», «chá», «papá» e «pété», que significam, respectivamente, «Natal», «carro», «chave», «sapato» e «chupeta». Assistir a esta evolução de um bebé é inédito na vida de quem é a mais nova da família e não tem primos. Inédito e enternecedor.
3. Na noite de Natal adormeci a ver um filme. Na noite seguinte adormeci a ver um filme. Espero, sinceramente, que esta noite adormeça a ver um filme. Quero crer que isto significa que esta fase de insónias está a passar e que a minha sanidade [mental e física] está de regresso, que dela bem preciso.
4. Não escrevi qualquer texto a propósito do Natal, quer pessoal, quer ficcionado e pouco foi o tempo que desperdicei a navegar pela internet. Este ano preferi dedicar-me aos meus e a mim e estou muito satisfeita comigo por ter tomado a atitude certa. Deve ser a isto que chamam envelhecer. Certo é que ainda não tenho muitas rugas nem cãs, mas para já estou a apreciar sobremaneira. Oxalá herde aquele olhar sábio que exibem a minha mãe e a minha avó e que me comove hoje mais do que nunca.
© [m.m. botelho]
1. Tive direito a mais tempo com quem amo, apesar das [cada vez mais] absorventes vidas profissionais, o que foi uma boa surpresa. Confirmei que é fabuloso e se recomenda. Nesta altura, em que não faltam sininhos a apregoar paz e amor, pode até parecer saloio escrever isto, mas é, de facto, muito bom amar e ser amado em paz. E é ainda melhor que isso aconteça durante o tempo todo, sem ser preciso ser Natal, como sucede comigo.
2. O meu querido sobrinho já diz uma sílaba do meu nome, bem como as semi-palavras «Natá», «cá», «chá», «papá» e «pété», que significam, respectivamente, «Natal», «carro», «chave», «sapato» e «chupeta». Assistir a esta evolução de um bebé é inédito na vida de quem é a mais nova da família e não tem primos. Inédito e enternecedor.
3. Na noite de Natal adormeci a ver um filme. Na noite seguinte adormeci a ver um filme. Espero, sinceramente, que esta noite adormeça a ver um filme. Quero crer que isto significa que esta fase de insónias está a passar e que a minha sanidade [mental e física] está de regresso, que dela bem preciso.
4. Não escrevi qualquer texto a propósito do Natal, quer pessoal, quer ficcionado e pouco foi o tempo que desperdicei a navegar pela internet. Este ano preferi dedicar-me aos meus e a mim e estou muito satisfeita comigo por ter tomado a atitude certa. Deve ser a isto que chamam envelhecer. Certo é que ainda não tenho muitas rugas nem cãs, mas para já estou a apreciar sobremaneira. Oxalá herde aquele olhar sábio que exibem a minha mãe e a minha avó e que me comove hoje mais do que nunca.
© [m.m. botelho]