No dia anterior, reparei que faltavam uns míseros 40 quilómetros para completar os 100 000. Em vez de me preocupar com uma possível revisão, com uma mudança de óleo ou qualquer outra despesa (o mais natural primeiro pensamento a seguir a tal constatação), dei por mim a sorrir ao imaginar o local onde, provavelmente, o número redondo se cumpriria.
Era 17 de Outubro, segunda-feira de manhã, quando o quilómetro 99 999 apareceu no computador-de-bordo do meu carro. Olhei para as horas, torci o nariz, antecipei uma chegada atrasada ao destino. Ainda assim, tirei uma foto. Quando surgiu o quilómetro 100 000 tirei outra. Acelerei.
Acabara de pousar o telemóvel quando no rádio começou a tocar «You Know I'm No Good». Pois é, a vida tem destas coisas... inesperadas.
Ao menos, no dia anterior não me enganei: foi, com efeito, na Foz do Douro. Porque a vida também tem destas coisas... previsíveis.
© [m.m. botelho]
Ao menos, no dia anterior não me enganei: foi, com efeito, na Foz do Douro. Porque a vida também tem destas coisas... previsíveis.
© [m.m. botelho]