O objectivo de cada um de nós deve ser viver a vida em equilíbrio, sem grandes oscilações, de forma estruturada e protegida (segura). Estar preparado para os desafios que se nos colocarem. Desenvolver e saber usar as aptidões indispensáveis para superar as adversidades.
No relacionamento com os outros, o equilíbrio passa pela exacta retribuição do que se recebe. Se o que se recebe é nada, só pode dar-se nada. Se se dá mais do que isso, a balança desalinha e sempre, sempre em nosso prejuízo. Às vezes, as pessoas nada pedem, mas nós damos: estima, preocupação, consideração. Damos porque não sabemos estar na vida de outra forma. Porém, não recebemos. Ora, nesse caso, outra conclusão não pode tirar-se senão a de que estamos na vida de uma forma desequilibrada e que os únicos que sofrerão danos com isso seremos nós mesmos.
Por muito que custe, é preciso que sejamos capazes de amar e que sejamos capazes de ser indiferentes, às vezes em relação à mesma pessoa, dependendo do momento e do papel que ela vai assumindo na nossa vida. A faculdade de agir dos dois modos é igualmente necessária para uma existência equilibrada. É imperioso que sejamos capazes de nos adaptarmos às circunstâncias e que moldemos as nossas reacções e respostas em função da sucessão de acontecimentos e posturas dos outros.
Tal como ao bom cozinheiro não basta saber manejar apenas a faca de cortar carne, mas se exige que saiba usar um considerável naipe de gumes, também o homem equilibrado não pode limitar-se a sentir coisas boas. Ao invés, tem de ser capaz de reagir com o sentimento-resposta adequado ao que está a viver, ainda que sentimento tenha de ser menos positivo.
É por isso que uma certa dose - a dose certa - de agressividade é necessária. Tão necessária que dela depende, indubitavelmente, a nossa sobrevivência.
[Levei na cabecinha. Pois levei. Só me fez bem.]
© [m.m. botelho]
No relacionamento com os outros, o equilíbrio passa pela exacta retribuição do que se recebe. Se o que se recebe é nada, só pode dar-se nada. Se se dá mais do que isso, a balança desalinha e sempre, sempre em nosso prejuízo. Às vezes, as pessoas nada pedem, mas nós damos: estima, preocupação, consideração. Damos porque não sabemos estar na vida de outra forma. Porém, não recebemos. Ora, nesse caso, outra conclusão não pode tirar-se senão a de que estamos na vida de uma forma desequilibrada e que os únicos que sofrerão danos com isso seremos nós mesmos.
Por muito que custe, é preciso que sejamos capazes de amar e que sejamos capazes de ser indiferentes, às vezes em relação à mesma pessoa, dependendo do momento e do papel que ela vai assumindo na nossa vida. A faculdade de agir dos dois modos é igualmente necessária para uma existência equilibrada. É imperioso que sejamos capazes de nos adaptarmos às circunstâncias e que moldemos as nossas reacções e respostas em função da sucessão de acontecimentos e posturas dos outros.
Tal como ao bom cozinheiro não basta saber manejar apenas a faca de cortar carne, mas se exige que saiba usar um considerável naipe de gumes, também o homem equilibrado não pode limitar-se a sentir coisas boas. Ao invés, tem de ser capaz de reagir com o sentimento-resposta adequado ao que está a viver, ainda que sentimento tenha de ser menos positivo.
É por isso que uma certa dose - a dose certa - de agressividade é necessária. Tão necessária que dela depende, indubitavelmente, a nossa sobrevivência.
[Levei na cabecinha. Pois levei. Só me fez bem.]
© [m.m. botelho]