Bem vistas as coisas, todos os posts deste blogue poderiam, como o post anterior, ser antecedidos pela expressão «note to self», porque todos eles são escritos por mim, sobre mim e para mim.
A maior parte dos blogues de cariz pessoal, como este, são compostos por exercícios de reflexão do próprio (outros há que têm outros propósitos, mas sobre isso não me pronuncio, até porque não devo). Porque é que é alguns de nós não o fazemos simplesmente para a gaveta e o fazemos num blogue? Não sei responder pelos outros, mas eu faço-o porque a sensação de enviar para o éter da internet algumas das minhas reflexões me ajuda no processo de libertação de algumas coisas que me "atormentam", como se escrever em vez de simplesmente pensar e escrever aqui e não num mero papel levasse as coisas para longe de mim, para fora do meu alcance, para uma dimensão virtual fora do meu controlo. Como se tudo o que aqui é escrito continuasse meu, mas já não sob o meu controle.
Há quem diga que isto de ter um blogue tem o seu quê de narcísico. Até pode ser que tenha. Eu não escrevo para os outros nem para ser lida pelos outros, mas seja narcísico ou não, ajuda-me. É por isso que eu, que durante tanto tempo achei este blogue uma tontaria pegada, gosto, cada dia que passa, um pouco mais dele.
© [m.m. botelho]
A maior parte dos blogues de cariz pessoal, como este, são compostos por exercícios de reflexão do próprio (outros há que têm outros propósitos, mas sobre isso não me pronuncio, até porque não devo). Porque é que é alguns de nós não o fazemos simplesmente para a gaveta e o fazemos num blogue? Não sei responder pelos outros, mas eu faço-o porque a sensação de enviar para o éter da internet algumas das minhas reflexões me ajuda no processo de libertação de algumas coisas que me "atormentam", como se escrever em vez de simplesmente pensar e escrever aqui e não num mero papel levasse as coisas para longe de mim, para fora do meu alcance, para uma dimensão virtual fora do meu controlo. Como se tudo o que aqui é escrito continuasse meu, mas já não sob o meu controle.
Há quem diga que isto de ter um blogue tem o seu quê de narcísico. Até pode ser que tenha. Eu não escrevo para os outros nem para ser lida pelos outros, mas seja narcísico ou não, ajuda-me. É por isso que eu, que durante tanto tempo achei este blogue uma tontaria pegada, gosto, cada dia que passa, um pouco mais dele.
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