Este é um momento de grande satisfação académica e pessoal para mim. A minha dissertação de Mestrado, intitulada «Utilização das técnicas de ADN no âmbito jurídico. Em especial, os problemas jurídico-penais da criação de uma base de dados de ADN para fins de investigação criminal em Portugal», foi agora publicada pela Almedina, na colecção «Monografias». A partir de hoje, está à venda no site da editora e ainda esta semana estará disponível nas livrarias e em todo o mercado livreiro.
Trabalhei muito para esta dissertação, cujo projecto foi apresentado e aprovado pelo Conselho Científico da Universidade do Minho no tempo em que a Reforma de Bolonha não existia. Sabia que o esforço teria de ser enorme e que era uma empreitada investigar este assunto.
Parti praticamente do zero no que à produção científica nacional nesta área dizia respeito (havia partes de obras que referiam a «prova científica» e uns quantos artigos em publicações periódicas sobre o tema). Fui às bibliotecas e pesquisei nos catálogos sozinha. Fartei-me de tirar cópias e apontamentos. Li muito. Trabalhei horas a fio, dias seguidos, noites inteiras, para produzir um texto do qual me orgulhasse e muito próximo do que foi dado à estampa (este, foi obviamente melhorado aqui e ali, como explico em «Nota Prévia»). Abdiquei de muitos prazeres para poder fazer esta dissertação sem nunca parar de trabalhar como Advogada, estudar e sujeitar-me a exames de outras muitas matérias jurídicas em simultâneo. Passei férias de laptop e livros atrás, estive muitas vezes em muito lado com a cabeça no que tinha para ler e escrever, senti algumas angústias e o receio de não ser capaz de fazer isto com o nível de exigência que eu mesma me impunha. Sobrevivi a tudo isso.
À conclusão da escrita da dissertação, seguiu-se a entrega do texto e o aval do Conselho Científico da EDUM, que designou júri para a defesa. Depois, veio a defesa em prova oral pública, na qual a Arguente, a Professora Doutora Helena Moniz, de quem eu já havia sido aluna de Direito Penal em Coimbra e a quem conhecia bem a exigência, além de um rigorosíssimo juízo crítico, me colocou cerca de sessenta questões (embora eu não tenha podido responder a todas, em face da limitação temporal). Após uma prova de noventa minutos, seguiram-se alguns outros de espera pela decisão final. E no dezassete por unanimidade que me foi atribuído começou o sentimento do dever cumprido e a alegria da meta alcançada. Mas eu não queria ficar por ali.
Revi o texto e apresentei-o à Almedina. O trabalho teve de passar por todos os crivos editoriais e, ainda, por aquele que o actual estado da economia do País impõe a uma monografia desta natureza: a consideração dos riscos económicos do investimento. E passou. Seguiram-se três revisões do texto, o convite ao Professor Mário Monte para redigir o «Prefácio» e aguardar o tempo que leva a impressão e o acabamento de uma obra.
Finalmente, vi descer a luz sobre um livro de capa preta, com uma barra verde-água, escrito por mim. Eis a minha dissertação de Mestrado, com a qual espero poder contribuir, ainda que seja de forma mínima, para o avanço do «estado das artes». A minha maior satisfação, sem dúvida alguma, será poder assistir a isso.
Por isso, não sei quem serão, mas não posso deixar de agradecer, desde já, a todos quantos venham a adquirir e a ler a obra e, também, a todos quantos entendam ser a mesma meritória de divulgação entre os potenciais interessados que conheçam: muito obrigada.
© [m.m. botelho]
Trabalhei muito para esta dissertação, cujo projecto foi apresentado e aprovado pelo Conselho Científico da Universidade do Minho no tempo em que a Reforma de Bolonha não existia. Sabia que o esforço teria de ser enorme e que era uma empreitada investigar este assunto.
Parti praticamente do zero no que à produção científica nacional nesta área dizia respeito (havia partes de obras que referiam a «prova científica» e uns quantos artigos em publicações periódicas sobre o tema). Fui às bibliotecas e pesquisei nos catálogos sozinha. Fartei-me de tirar cópias e apontamentos. Li muito. Trabalhei horas a fio, dias seguidos, noites inteiras, para produzir um texto do qual me orgulhasse e muito próximo do que foi dado à estampa (este, foi obviamente melhorado aqui e ali, como explico em «Nota Prévia»). Abdiquei de muitos prazeres para poder fazer esta dissertação sem nunca parar de trabalhar como Advogada, estudar e sujeitar-me a exames de outras muitas matérias jurídicas em simultâneo. Passei férias de laptop e livros atrás, estive muitas vezes em muito lado com a cabeça no que tinha para ler e escrever, senti algumas angústias e o receio de não ser capaz de fazer isto com o nível de exigência que eu mesma me impunha. Sobrevivi a tudo isso.
À conclusão da escrita da dissertação, seguiu-se a entrega do texto e o aval do Conselho Científico da EDUM, que designou júri para a defesa. Depois, veio a defesa em prova oral pública, na qual a Arguente, a Professora Doutora Helena Moniz, de quem eu já havia sido aluna de Direito Penal em Coimbra e a quem conhecia bem a exigência, além de um rigorosíssimo juízo crítico, me colocou cerca de sessenta questões (embora eu não tenha podido responder a todas, em face da limitação temporal). Após uma prova de noventa minutos, seguiram-se alguns outros de espera pela decisão final. E no dezassete por unanimidade que me foi atribuído começou o sentimento do dever cumprido e a alegria da meta alcançada. Mas eu não queria ficar por ali.
Revi o texto e apresentei-o à Almedina. O trabalho teve de passar por todos os crivos editoriais e, ainda, por aquele que o actual estado da economia do País impõe a uma monografia desta natureza: a consideração dos riscos económicos do investimento. E passou. Seguiram-se três revisões do texto, o convite ao Professor Mário Monte para redigir o «Prefácio» e aguardar o tempo que leva a impressão e o acabamento de uma obra.
Finalmente, vi descer a luz sobre um livro de capa preta, com uma barra verde-água, escrito por mim. Eis a minha dissertação de Mestrado, com a qual espero poder contribuir, ainda que seja de forma mínima, para o avanço do «estado das artes». A minha maior satisfação, sem dúvida alguma, será poder assistir a isso.
Por isso, não sei quem serão, mas não posso deixar de agradecer, desde já, a todos quantos venham a adquirir e a ler a obra e, também, a todos quantos entendam ser a mesma meritória de divulgação entre os potenciais interessados que conheçam: muito obrigada.
© [m.m. botelho]
«Para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.»
teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.»
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa.
Odes [1.ª publ. in «Atena» , n.º 1. Lisboa: Out. 1924.]
Odes [1.ª publ. in «Atena» , n.º 1. Lisboa: Out. 1924.]