chien qui fume | porto | 03.11.2008
Os recibos do «Chien» são dos poucos que continuam a ser emitidos por uma máquina registadora, sem dúvida um exemplo de, digamos assim, modernidade no meio daquele balcão onde abundam as antiguidades. A máquina está pousada ao lado da grafonola que não toca, tal como os discos pendurados nas paredes. No «Chien» continua a ser assim: salada de galinha com ananás e bifinhos de porco à Zurique ao lado do sempre eterno Romeu&Julieta ou dos figos com vinho do Porto. De um lado os desenhos rabiscados pelos clientes, do outro o vinil emoldurado. O mais fascinante, contudo, continua a ser aquele telefone genuinamente velho, caquético, a precisar de reforma, cujo toque continua a atordoar os comensais das duas salas.
© [m.m. botelho]
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