A data pode não ter sido a melhor, já que coincidiu com o debate quinzenal na Assembleia da República, e a época pode não ter sido a melhor, já que a atenção da classe política, dos media e dos opinion makers está concentrada na discussão do Orçamento de Estado, mas, mesmo assim, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses conseguiu, naquele que foi o terceiro dia consecutivo de greve, reunir um número estimado entre os 15 mil e os 17 mil profissionais. Como sempre, não há consenso em relação à percentagem de adesão, pois o Sindicato indica uma adesão de 88,9% no 1.º dia, 90,63% no 2.º e 94,25% no 3.º, enquanto o Governo refere números sempre abaixo destes (o de hoje é de 82,9%).
Certo é que quer os números adiantados pelo Sindicato, quer os adiantados pelo Ministério da Saúde são avassaladores. Esta foi a maior greve da classe desde 1976. Esperemos que seja dado a esta greve o mesmo destaque que foi dado à dos professores, visto que a percentagem de adesão de uma e outra foi similar. Não só porque é que uma questão de justiça social, mas porque é um dever de todos nós.
© Marta Madalena Botelho
Certo é que quer os números adiantados pelo Sindicato, quer os adiantados pelo Ministério da Saúde são avassaladores. Esta foi a maior greve da classe desde 1976. Esperemos que seja dado a esta greve o mesmo destaque que foi dado à dos professores, visto que a percentagem de adesão de uma e outra foi similar. Não só porque é que uma questão de justiça social, mas porque é um dever de todos nós.
© Marta Madalena Botelho