O meu sobrinho-afilhado-bebé-bonito, ao telefone:
«Marta, estás em casa.
É o F.
Marta, gosto muito de ti.
Tenho uma camisola e umas sapatilhas.
Partiu os óculos do avô.
Levou tau tau no rabinho.
O bebé vai ler o livro.
É o F.
Madrinha, gosto muito de ti.»
Eu não ouvi, porque o telefone para onde ele falava é um telemóvel que já não funciona, mas alguém assistiu à cena e contou-me. Não importa que não tenha ouvido, o que importa é que ele o disse e eu o sei. E que nunca me vou esquecer que foi hoje, 16 de Julho de 2010, durante a tarde, que ele disse pela primeira vez, espontaneamente e sem hesitar, que gosta muito de mim.
© [m.m. botelho]
«Marta, estás em casa.
É o F.
Marta, gosto muito de ti.
Tenho uma camisola e umas sapatilhas.
Partiu os óculos do avô.
Levou tau tau no rabinho.
O bebé vai ler o livro.
É o F.
Madrinha, gosto muito de ti.»
Eu não ouvi, porque o telefone para onde ele falava é um telemóvel que já não funciona, mas alguém assistiu à cena e contou-me. Não importa que não tenha ouvido, o que importa é que ele o disse e eu o sei. E que nunca me vou esquecer que foi hoje, 16 de Julho de 2010, durante a tarde, que ele disse pela primeira vez, espontaneamente e sem hesitar, que gosta muito de mim.
© [m.m. botelho]