28.8.13

«et resurrexit»

Ontem à noite, deviam ser umas três e meia da manhã, sucedeu que dei por mim num exercício que não era capaz de fazer espontaneamente desde os meus 18 anos e ao qual mais tarde, por graça, dei a pomposa designação de «transcender as experiências exteriores da realidade». Aconteceu ao som da Missa de Bach, numa gravação do Herreweghe, e logo na segunda parte do «Kyrie I». No «Et resurrexit» do «Credo» voltei a subir aos Céus, como nas noites em que me deitava no chão da sala e ficava de barriga para o ar a ouvir tudo o que havia para ouvir.

Sou totalmente incapaz de explicar o que me acontece nestas situações que eram, até ontem, uma lembrança difusa da minha adolescência. O que sinto é o que me fica depois, as sensações de beleza, intemporalidade, imaterialidade e outras tantas que não sei nem posso descrever. O nome que dei à experiência é pomposo, mas verdadeiro, porque verdadeiramente transcendo a realidade e lá não cabe nenhuma das palavras inventadas pelo Homem que possa descrever o que é segredado pelo Universo a quem tem a fortuna de lá chegar.

© [m.m. botelho]

3.6.13

causa precipitante ou por que não há inevitáveis



James Dean e o seu adorado «Porsche 550 Spyder», ao volante
do qual haveria de perder a vida aos 24 anos, em 30.09.1955.
[fonte: web]

Quando procuramos explicar um acontecimento, ensinam os estudiosos que devemos fazer uma análise em três planos distintos. Primeiro, identificaremos as causas profundas, as ditas razões de fundo. Depois, invocaremos as razões particularmente importantes. Daí, passaremos para as causas intermédias e, por último, para a causa precipitante.

Olhando para trás, os acontecimentos parecem sempre inevitáveis. E isto explica-se porque nos atemos à causa precipitante, a última no tempo, mas que é, curiosamente, a de menor importância. No fundo, não é uma explicação, não é uma razão, é somente o fósforo que ateia fogo à pilha de papéis antes, e por múltiplos motivos, montada.

Se não fosse aquela a causa precipitante, seria qualquer outra. Não vale a pena fazer a análise das condicionais contrafactuais e perguntar: «E se aquilo não tivesse sucedido?». A resposta será sempre a mesma: as probabilidades de o desfecho ter sido igual continuaria a ser elevada ou muito elevada. Mas «elevada» ou «muito elevada» nunca será sinónimo de «inevitável».

O busílis de tudo está nisto: a invocação da causa precipitante tranquiliza-nos. Por um lado, escusa-nos ao trabalho de descortinar as causas profundas e as intermédias, bem como as razões particularmente importantes. Por outro lado, é a mais recente, a mais viva na memória, a que, ao ser invocada, criará a nuvem de fumo que esconde o muito ou, quem sabe, o nada que está por detrás dela.

Alguém - não sei quem, mas alguém muito antes de mim - disse que as causas precipitantes são como os eléctricos: surgem de 10 em 10 minutos. Dão jeito, efectivamente (já disse porquê), mas não serão o bastante para quem sabe que não passam disso mesmo, de causas que precipitaram o desfecho, e que, por isso mesmo, por si só, não tornariam os acontecimentos realidade.

O que é curioso observar é que as pessoas - todas as pessoas -, depois dos grandes acontecimentos das suas vidas[*], se conformam, seguem em frente, retomam o seu dia-a-dia. Os espíritos mais inquietos, contudo, não deixam de fazer a análise global e ponderada dos três planos distintos, porque querem ver e perceber para além da insignificante causa precipitante. Os outros, bem, os outros eu simplesmente não sei o que fazem.

[*] Por «grandes acontecimentos das suas vidas» pode entender-se tudo e mais alguma coisa, desde uma guerra civil, um despedimento, a crise económica da Europa, o fim de uma relação amorosa ou de amizade, a perda de um pai ou de um filho, uma doença grave. O raciocínio aplica-se ao que quisermos, se quisermos.

© [m.m. botelho]

22.5.13

perigosas concepções


[fonte: web]

«É por perigosíssimas concepções como esta que não pode haver dúvida de que o humanismo e a sensibilidade social fazem toda a diferença na educação das pessoas. Enquanto se der mais valor ao capital financeiro do que ao capital humano, enquanto se der maior importância ao dinheiro do que ao Homem, enquanto se puserem as pessoas ao serviço do vil metal e não este ao serviço daquelas, não haverá outra coisa senão exploradores e explorados, ainda que uns e outros achem que não vem mal algum ao mundo por isso.»

Um excerto de «Empreendedores há muitos, humanistas é que nem por isso», a minha crónica que o «P3» publicou hoje, contendo algumas das minhas reflexões a propósito do sucedido no «Prós e Contras» da passada Segunda-feira.

© [m.m. botelho]

6.5.13

«sê todo em cada coisa.»


© FBA. e Almedina [2013]

Este é um momento de grande satisfação académica e pessoal para mim. A minha dissertação de Mestrado, intitulada «Utilização das técnicas de ADN no âmbito jurídico. Em especial, os problemas jurídico-penais da criação de uma base de dados de ADN para fins de investigação criminal em Portugal», foi agora publicada pela Almedina, na colecção «Monografias». A partir de hoje, está à venda no site da editora e ainda esta semana estará disponível nas livrarias e em todo o mercado livreiro.

Trabalhei muito para esta dissertação, cujo projecto foi apresentado e aprovado pelo Conselho Científico da Universidade do Minho no tempo em que a Reforma de Bolonha não existia. Sabia que o esforço teria de ser enorme e que era uma empreitada investigar este assunto.

Parti praticamente do zero no que à produção científica nacional nesta área dizia respeito (havia partes de obras que referiam a «prova científica» e uns quantos artigos em publicações periódicas sobre o tema). Fui às bibliotecas e pesquisei nos catálogos sozinha. Fartei-me de tirar cópias e apontamentos. Li muito. Trabalhei horas a fio, dias seguidos, noites inteiras, para produzir um texto do qual me orgulhasse e muito próximo do que foi dado à estampa (este, foi obviamente melhorado aqui e ali, como explico em «Nota Prévia»). Abdiquei de muitos prazeres para poder fazer esta dissertação sem nunca parar de trabalhar como Advogada, estudar e sujeitar-me a exames de outras muitas matérias jurídicas em simultâneo. Passei férias de laptop e livros atrás, estive muitas vezes em muito lado com a cabeça no que tinha para ler e escrever, senti algumas angústias e o receio de não ser capaz de fazer isto com o nível de exigência que eu mesma me impunha. Sobrevivi a tudo isso.

À conclusão da escrita da dissertação, seguiu-se a entrega do texto e o aval do Conselho Científico da EDUM, que designou júri para a defesa. Depois, veio a defesa em prova oral pública, na qual a Arguente, a Professora Doutora Helena Moniz, de quem eu já havia sido aluna de Direito Penal em Coimbra e a quem conhecia bem a exigência, além de um rigorosíssimo juízo crítico, me colocou cerca de sessenta questões (embora eu não tenha podido responder a todas, em face da limitação temporal). Após uma prova de noventa minutos, seguiram-se alguns outros de espera pela decisão final. E no dezassete por unanimidade que me foi atribuído começou o sentimento do dever cumprido e a alegria da meta alcançada. Mas eu não queria ficar por ali.

Revi o texto e apresentei-o à Almedina. O trabalho teve de passar por todos os crivos editoriais e, ainda, por aquele que o actual estado da economia do País impõe a uma monografia desta natureza: a consideração dos riscos económicos do investimento. E passou. Seguiram-se três revisões do texto, o convite ao Professor Mário Monte para redigir o «Prefácio» e aguardar o tempo que leva a impressão e o acabamento de uma obra.

Finalmente, vi descer a luz sobre um livro de capa preta, com uma barra verde-água, escrito por mim. Eis a minha dissertação de Mestrado, com a qual espero poder contribuir, ainda que seja de forma mínima, para o avanço do «estado das artes». A minha maior satisfação, sem dúvida alguma, será poder assistir a isso.

Por isso, não sei quem serão, mas não posso deixar de agradecer, desde já, a todos quantos venham a adquirir e a ler a obra e, também, a todos quantos entendam ser a mesma meritória de divulgação entre os potenciais interessados que conheçam: muito obrigada.

© [m.m. botelho]


«Para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.»
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa.
Odes [1.ª publ. in «Atena» , n.º 1. Lisboa: Out. 1924.]

25.4.13

«esta é a madrugada que eu esperava»


caligrafia e © [m.m. botelho]

«Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo.
Sophia de Mello Breyner Andresen
O nome das coisas [1977]

14.3.13

lá dos confins

Disse que ia ao WC e depois, em vez de regressar para acabarmos a montagem das «Mini Figures» da Lego, resolveu ir explorar o piano para a sala-de-estar e deixou-me pendurada. Eu, que queria arrumar o assunto para voltar ao que estava a fazer antes, chamei-o:
- Ó fofo?...
E ele, de pronto, responde, lá dos confins:
- Sim, fofa?

[Já não bastava responder-me em igual moeda ao «amore mio». Ele, pois, o sobrinho-afilhado-maravilha.]

© [m.m. botelho]

12.3.13

«that sounds crazy»


[visto aqui]

«Every medical advancement started with the statement "that sounds crazy".»
Derek Shepherd [interpretado por Patrick Dempsey], em Grey's Anatomy

O mesmo poderá dizer-se de alguns desafios que aceitamos e a que nos propomos, de algumas reviravoltas que imprimimos à nossa vida e que nos fazem ficar de pernas para o ar. Oxalá sejam avanços, quando tudo o que desejamos é que sejam, mais do que tudo, avanços.

© [m.m. botelho]

7.3.13

um desenho do inverno

O sobrinho-afilhado-maravilha diz-me que fez um desenho do Inverno com "repângalos".
- E o que são "repângalos"? - perguntei eu.
- "Repângalos" é aquilo que dá no Inverno - diz ele, enquanto abre e fecha a mão.
Ah, bom, muito mais esclarecida: "repângalo", "relâmpago", é por aí, F., é por aí.

[Em 25.02.2013.]

© [m.m. botelho]

15.2.13

política, semântica, amor.

«O que surpreende na frase de Francisco José Viegas (FJV) não é, pois, a má-educação (de resto, assumida pelo próprio como "evidente"), mas a falta de decoro. É que por muito que possamos ser solidários com a posição defendida, ninguém deixará de notar que, do ponto de vista político, e fazendo a comparação (porque tudo isto vem à tona — coincidência ou não — no Dia de S. Valentim), FJV se mostra um ex- namorado um tanto ressabiado, daqueles que depressa "parte para outr@", sem fazer o luto da praxe à anterior relação, ao que se sabe, bastante amorosa.»

Um excerto de «Francisco José Viegas, serão mágoas de amor?», a minha crónica de estreia, ontem, no «P3».

© [m.m. botelho]

12.2.13

«faltará procura dentro do teu ser» [?/.]


«somos a fachada de uma coisa morta
e a vida como que a bater à nossa porta
quando formos velhos, se um dia formos velhos
quem irá querer saber quem tinha razão
de olhos na falésia espera pelo vento
ele dá-te a direcção

ninguém é quem queria ser
eu queria ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém

a idade é oca e não pode ser motivo
estás a ver o mundo feito um velho arquivo
eu caminho e canto pela estrada fora
e o que era mentira pode ser verdade agora
se o cifrão sustenta a química da vida
porque tens ainda medo de morrer
faltará dinheiro
faltará cultura
faltará procura dentro do teu ser

ninguém é quem queria ser
eu queria ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém

diz-me se ainda esperas encontrar o sentido
mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido
não tens de olhar sem gosto
nem de gostar sem ver
ninguém é quem queria ser

ninguém é quem queria ser
eu queria ser
ninguém é quem queria ser
eu queria ser ninguém»


«Foge Foge Bandido», projecto de Manel Cruz. «Ninguém é quem queria ser».
Do álbum «O amor dá-me tesão/Não fui eu que estraguei» [2008].

Bom Carnaval, hoje e sempre.
Amen.
[Porque não é preciso dizer mais nada.]

© [m.m. botelho]

eu

[m.m. botelho] || Marta Madalena Botelho
blogues: viagens interditas [textos] || vermelho.intermitente [textos]
e-mail: viagensinterditas @ gmail . com [remover os espaços]

blogues

os meus refúgios || 2 dedos de conversa || 30 and broke || a causa foi modificada [off] || a cidade dos prodígios || a cidade surpreendente || a curva da estrada || a destreza das dúvidas || a dobra do grito || a livreira anarquista || a mulher que viveu duas vezes || a outra face da cidade surpreendente || a minha vida não é isto || a montanha mágica || a namorada de wittgenstein || a natureza do mal || a tempo e a desmodo || a terceira noite || as folhas ardem || aba da causa || adufe || ágrafo || ainda não começámos a pensar || albergue dos danados || alexandre soares silva [off] || almocreve das petas [off] || animais domésticos || associação josé afonso || ana de amsterdam || antónio sousa homem || atum bisnaga || avatares de um desejo || beira-tejo || blecaute-boi || bibliotecário de babel || blogtailors || blogue do jornal de letras || bolha || bomba inteligente || cadeirão voltaire || café central || casadeosso || causa nossa || ciberescritas || cibertúlia || cine highlife || cinerama || coisas do arco da velha || complexidade e contradição || córtex frontal [off] || crítico musical [off] || dados pessoais || da literatura || devaneios || diário de sombras || dias assim || dias felizes || dias im[perfeitos] || dias úteis || educação irracional || entre estantes || explodingdog > building a world || f, world [guests only] || fogo posto || francisco josé viegas - crónicas || french kissin' || gato vadio [livraria] || guilhermina suggia || guitarra de coimbra 4 [off] || húmus. blogue rascunho.net || il miglior fabbro || imitation of life || indústrias culturais || inércia introversão intusiasmo || insónia || interlúdio || irmão lúcia || jugular || lei e ordem || lei seca [guests only] || leitura partilhada || ler || literatura e arte || little black spot || made in lisbon || maiúsculas [off] || mais actual || medo do medo || menina limão || menino mau || miss pearls || modus vivendi || monsieur|ego || moody swing || morfina || mundo pessoa || noite americana || nuno gomes lopes || nu singular || o amigo do povo || o café dos loucos || o mundo de cláudia || o que cai dos dias || os livros ardem mal || os meus livros || oldies and goldies || orgia literária || ouriquense || paulo pimenta diários || pedro rolo duarte || pequenas viagens || photospathos || pipoco mais salgado || pó dos livros || poesia || poesia & lda. || poetry café || ponto media || poros || porto (.) ponto || postcard blues [off] || post secret || p.q.p. bach || pura coincidência || quadripolaridades || quarta república || quarto interior || quatro caminhos || quintas de leitura || rua da judiaria || saídos da concha || são mamede - cae de guimarães || sem compromisso || semicírculo || sem pénis nem inveja || sem-se-ver || sound + vision || teatro anatómico || the ballad of the broken birdie || the sartorialist || theoria poiesis praxis || theatro circo || there's only 1 alice || torreão sul || ultraperiférico || um amor atrevido || um blog sobre kleist || um voo cego a nada || vida breve || vidro duplo || vodka 7 || vontade indómita || voz do deserto || we'll always have paris || zarp.blog

cultura e lazer

agenda cultural de braga || agenda cultura de évora || agenda cultural de lisboa || agenda cultural do porto || agenda cultural do ministério da cultura || agenda cultural da universidade de coimbra || agenda de concertos - epilepsia emocional || amo.te || biblioteca nacional || CAE figueira da foz || café guarany || café majestic || café teatro real feitorya || caixa de fantasia || casa agrícola || casa das artes de vila nova de famalicão || casa da música || centro cultural de belém || centro nacional de cultura || centro português de fotografia || cinecartaz || cinema 2000 || cinema passos manuel || cinema português || cinemas medeia || cinemateca portuguesa || clube de leituras || clube literário do porto || clube português artes e ideias || coliseu do porto || coliseu dos recreios || companhia nacional de bailado || culturgest || culturgest porto || culturporto [rivoli] || culturweb || delegação regional da cultura do alentejo || delegação regional da cultura do algarve || delegação regional da cultura do centro || delegação regional da cultura do norte || e-cultura || egeac || era uma vez no porto || europarque || fábrica de conteúdos || fonoteca || fundação calouste gulbenkian || fundação de serralves || fundação engenheiro antónio almeida || fundação mário soares || galeria zé dos bois || hard club || instituto das artes || instituto do cinema, audiovisual e multimédia || instituto português da fotografia || instituto português do livro e da biblioteca || maus hábitos || mercado das artes || mercado negro || museu nacional soares dos reis || o porto cool || plano b || porto XXI || rede cultural || santiago alquimista || são mamede - centro de artes e espectáculos de guimarães || sapo cultura || serviço de música da fundação calouste gulbenkian || teatro académico gil vicente || teatro aveirense || teatro do campo alegre || theatro circo || teatro helena sá e costa || teatro municipal da guarda || teatro nacional de são carlos || teatro nacional de são joão || teatropólis || ticketline || trintaeum. café concerto rivoli

leituras e informação

365 [revista] || a cabra - jornal universitário de coimbra || a oficina [centro cultural vila flor - guimarães] || a phala || afrodite [editora] || águas furtadas [revista] || angelus novus [editora] || arquitectura viva || arte capital || assírio & alvim [editora] || associação guilhermina suggia || attitude [revista] || blitz [revista] || bodyspace || book covers || cadernos de tipografia || cosmorama [editora] || courrier international [jornal] || criatura revista] || crí­tica || diário de notícias [jornal] || el paí­s [jornal] || el mundo [jornal] || entre o vivo, o não-vivo e o morto || escaparate || eurozine || expresso [jornal] || frenesi [editora] || goldberg magazine [revista] || granta [revista] || guardian unlimited [jornal] || guimarães editores [editora] || jazz.pt || jornal de negócios [jornal] || jornal de notí­cias [jornal] || jusjornal [jornal] || kapa [revista] || la insignia || le cool [revista] || le monde diplomatique [jornal] || memorandum || minguante [revista] || mondo bizarre || mundo universitário [jornal] || os meus livros || nada || objecto cardí­aco [editora] || pc guia [revista] || pnethomem || pnetmulher || poets [AoAP] || premiere [revista] || prisma.com [revista] || público pt [jornal] || público es [jornal] || revista atlântica de cultura ibero-americana [revista] || rezo.net || rolling stone [revista] || rua larga [revista] || sol [jornal] || storm magazine [revista] || time europe [revista] || trama [editora] || TSF [rádio] || vanity fair [revista] || visão [revista]

direitos de autor dos textos

Os direitos de autor dos textos publicados neste blogue, com excepção das citações com autoria devidamente identificada, pertencem a © 2008-2019 Marta Madalena Botelho. É proibida a sua reprodução, ainda que com referência à autoria. Todos os direitos reservados.

direitos de autor das imagens

Os direitos de autor de todas as imagens publicadas neste blogue cuja autoria ou fonte não sejam identificadas como pertencendo a outras pessoas ou entidades pertencem a © 2008-2019 Marta Madalena Botelho. É proibida a sua reprodução ainda que com referência à autoria. Todos os direitos reservados.

algumas notas importantes sobre os direitos de autor

» O âmbito do direito de autor e os direitos conexos incidem a sua protecção sobre duas realidades: a tutela das obras e o reconhecimento dos respectivos direitos aos seus autores.
» O direito de autor protege as criações intelectuais do domínio literário, científico e artístico, por qualquer modo exteriorizadas.
» Obras originais são as criações intelectuais do domínio literário, científico e artístico, qualquer que seja o seu género, forma de expressão, mérito, modo de comunicação ou objecto.
» Uma obra encontra-se protegida, logo que é criada e fixada sob qualquer tipo de forma tangível de modo directo ou com a ajuda de uma máquina.
» A protecção das obras não está sujeita a formalização alguma. O direito de autor constitui-se pelo simples facto da criação, independentemente da sua divulgação, publicação, utilização ou registo.
» O titular da obra é, salvo estipulação em contrário, o seu criador.
» A obra não depende do conhecimento pelo público. Ela existe independente da sua divulgação, publicação, utilização ou exploração, apenas se lhe impondo, para beneficiar de protecção, que seja exteriorizada sob qualquer modo.
» O direito de autor pertence ao criador intelectual da obra, salvo disposição expressa em contrário.