Se Manuela Ferreira Leite não fosse Manuela Ferreira Leite ou, melhor dizendo, se Manuela Ferreira Leite não fosse candidata à liderança do PSD ou, melhor dizendo, se Manuela Ferreira Leite não tivesse a importância que tem ou, melhor dizendo, se Manuela Ferreira Leite não fosse a pessoa mais bem posicionada para vencer as eleições internas do partido no dia 31 de Maio, teria assim tanta importância saber se votou ou não em Pedro Santana Lopes em 2005? Não, não teria. Por isso é que ninguém anda para aí a questionar se Passos Coelho, Patinha Antão e Neto da Silva votaram em Pedro Santana Lopes em 2005.
Além disso, parece-me que Manuela Ferreira Leite foi explícita q.b. ao dizer que vota PSD. É que em eleições legislativas vota-se em partidos e não em pessoas. Votar PSD é, portanto, votar em todos os que se propõem integrar o governo do partido em caso de vitória e não apenas no líder do partido à data das eleições. Mas se mais for preciso esmiuçar, é óbvio que ter votado PSD em 2005 foi votar (também) em Pedro Santana Lopes. Onde é que está a dúvida? Em que aspecto é que a resposta de Ferreira Leite não foi clara e elucidativa?
Ademais, a Manuela Ferreira Leite foi perguntado se votou PSD em 2005, logo, a resposta foi bem dada. A pergunta seguinte («Votou Santana Lopes em 2005?»), pretende apenas causar polémica e é absolutamente inútil e disparatada. Perante perguntas deste calibre, afirmar «obviamente, não lhe respondo», como fez Ferreira Leite, só demonstra inteligência, pois já é tempo de perceber que o jornalismo sério não é aquele que procura o espalhafato e as guerrilhas, mas sim o que está empenhado em informar. Por algum motivo diz o adágio popular que «a palavras loucas, orelhas moucas».
Por isso, pergunto: que tem toda esta questiúncula assim de tão extraordinário, a não ser permitir a alguma comunicação social (aquela que lida melhor com o género populista de Santana Lopes do que com pessoas com o perfil mais formal como o de Ferreira Leite) tentar centrar as atenções naquilo que não tem absolutamente importância alguma para os destinos do PSD? Nada, pois claro. Repitamos, pois, o refrão: «a palavras loucas, orelhas moucas». E mudemos de assunto.
[Também publicado em PNETcrónica.]
© Marta Madalena Botelho
Além disso, parece-me que Manuela Ferreira Leite foi explícita q.b. ao dizer que vota PSD. É que em eleições legislativas vota-se em partidos e não em pessoas. Votar PSD é, portanto, votar em todos os que se propõem integrar o governo do partido em caso de vitória e não apenas no líder do partido à data das eleições. Mas se mais for preciso esmiuçar, é óbvio que ter votado PSD em 2005 foi votar (também) em Pedro Santana Lopes. Onde é que está a dúvida? Em que aspecto é que a resposta de Ferreira Leite não foi clara e elucidativa?
Ademais, a Manuela Ferreira Leite foi perguntado se votou PSD em 2005, logo, a resposta foi bem dada. A pergunta seguinte («Votou Santana Lopes em 2005?»), pretende apenas causar polémica e é absolutamente inútil e disparatada. Perante perguntas deste calibre, afirmar «obviamente, não lhe respondo», como fez Ferreira Leite, só demonstra inteligência, pois já é tempo de perceber que o jornalismo sério não é aquele que procura o espalhafato e as guerrilhas, mas sim o que está empenhado em informar. Por algum motivo diz o adágio popular que «a palavras loucas, orelhas moucas».
Por isso, pergunto: que tem toda esta questiúncula assim de tão extraordinário, a não ser permitir a alguma comunicação social (aquela que lida melhor com o género populista de Santana Lopes do que com pessoas com o perfil mais formal como o de Ferreira Leite) tentar centrar as atenções naquilo que não tem absolutamente importância alguma para os destinos do PSD? Nada, pois claro. Repitamos, pois, o refrão: «a palavras loucas, orelhas moucas». E mudemos de assunto.
[Também publicado em PNETcrónica.]
© Marta Madalena Botelho