A revista Sábado publicou esta semana uma reportagem acerca das aventuras sexuais entre mulheres. Bom, pelo menos, assim reza a capa mas basta ler meia dúzia de linhas do que escreveu a jornalista Raquel Lito para antever de imediato que tudo não passa, afinal, de um engodo.
O tema não constitui nenhum achado, já que as aventuras sexuais entre mulheres são, certamente, tão antigas como a existência do ser humano. É escusado, portanto, dizer que quem quer que seja (a Sábado ou os produtores de televisão e cinema) descobriu a pólvora. Dando de barato o entusiasmo de meia dúzia que acha que isso é privilégio ou, até, descoberta das mulheres do século XXI, o que está mesmo muito longe da verdade são três concepções que perpassam a reportagem de uma ponta à outra: as permanentes confusões entre aventuras sexuais e homossexualidade, o pressuposto de que o álcool tem de estar sempre presente no desenrolar dessas aventuras e a ideia de que a maior parte das mulheres que tem tais envolvimentos nem sequer o faz por uma questão de desejo pessoal. [...]
[Texto integral publicado em PNETcrónicas.]
© Marta Madalena Botelho
O tema não constitui nenhum achado, já que as aventuras sexuais entre mulheres são, certamente, tão antigas como a existência do ser humano. É escusado, portanto, dizer que quem quer que seja (a Sábado ou os produtores de televisão e cinema) descobriu a pólvora. Dando de barato o entusiasmo de meia dúzia que acha que isso é privilégio ou, até, descoberta das mulheres do século XXI, o que está mesmo muito longe da verdade são três concepções que perpassam a reportagem de uma ponta à outra: as permanentes confusões entre aventuras sexuais e homossexualidade, o pressuposto de que o álcool tem de estar sempre presente no desenrolar dessas aventuras e a ideia de que a maior parte das mulheres que tem tais envolvimentos nem sequer o faz por uma questão de desejo pessoal. [...]
[Texto integral publicado em PNETcrónicas.]
© Marta Madalena Botelho