fonte: site do «Metro»
Parece mentira, mas não é, é mesmo verdade, ainda que uma daquelas verdades inacreditáveis: a manchete de hoje do jornal gratuito «Metro» é mesmo «Cassete Sócrates mantém discurso».
Em parangona, na primeira página de um jornal diário, gratuitamente distribuído nas principais cidades de Portugal, lê-se hoje um insulto ao Primeiro-Ministro. Assistimos, assim, entre a incredulidade e a estupefacção, à ofensa gratuita feita pela imprensa.
Confesso que não é tanto o termo que me choca. O que me choca verdadeiramente é o facto de se tratar do Primeiro-Ministro deste país. Goste-se ou não da pessoa, aprecie-se ou não o estilo de governação, revejamo-nos ou não na sua ideologia e na sua política, certo é que Sócrates é o Primeiro-Ministro de Portugal, eleito democraticamente em sufrágio universal, a terceira figura do Estado e a primeira figura do governo. Ainda que caiam em falência quaisquer resquícios de bom senso no que respeita à crítica da pessoa - o que é altamente reprovável, já que a crítica deve dirigir-se às ideias e à actuação - o mínimo que se espera é que subsista o respeito pela figura de Estado. Ainda mais inaceitável é que o palco em que ocorre este desrespeito seja a imprensa.
Depois das insinuações de mentira dirigidas ao próprio Primeiro-Ministro e ao Procurador-Geral da República em editoriais e peças jornalísticas, depois de artigos de opinião onde se levantaram suspeições sobre a independência e a imparcialidade no exercício das suas funções por parte do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, assistimos agora ao insulto directo e despudorado ao Primeiro-Ministro.
Mais uma lamentável demonstração de falta de profissionalismo, mais um lastimável exemplo do péssimo caminho pelo qual alguma imprensa nacional tem enveredado. Será isto jornalismo? Poderá até haver quem defenda ser, mas, sem dúvida, do péssimo.
© Marta Madalena Botelho
Em parangona, na primeira página de um jornal diário, gratuitamente distribuído nas principais cidades de Portugal, lê-se hoje um insulto ao Primeiro-Ministro. Assistimos, assim, entre a incredulidade e a estupefacção, à ofensa gratuita feita pela imprensa.
Confesso que não é tanto o termo que me choca. O que me choca verdadeiramente é o facto de se tratar do Primeiro-Ministro deste país. Goste-se ou não da pessoa, aprecie-se ou não o estilo de governação, revejamo-nos ou não na sua ideologia e na sua política, certo é que Sócrates é o Primeiro-Ministro de Portugal, eleito democraticamente em sufrágio universal, a terceira figura do Estado e a primeira figura do governo. Ainda que caiam em falência quaisquer resquícios de bom senso no que respeita à crítica da pessoa - o que é altamente reprovável, já que a crítica deve dirigir-se às ideias e à actuação - o mínimo que se espera é que subsista o respeito pela figura de Estado. Ainda mais inaceitável é que o palco em que ocorre este desrespeito seja a imprensa.
Depois das insinuações de mentira dirigidas ao próprio Primeiro-Ministro e ao Procurador-Geral da República em editoriais e peças jornalísticas, depois de artigos de opinião onde se levantaram suspeições sobre a independência e a imparcialidade no exercício das suas funções por parte do Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, assistimos agora ao insulto directo e despudorado ao Primeiro-Ministro.
Mais uma lamentável demonstração de falta de profissionalismo, mais um lastimável exemplo do péssimo caminho pelo qual alguma imprensa nacional tem enveredado. Será isto jornalismo? Poderá até haver quem defenda ser, mas, sem dúvida, do péssimo.
© Marta Madalena Botelho