22.5.13

perigosas concepções


[fonte: web]

«É por perigosíssimas concepções como esta que não pode haver dúvida de que o humanismo e a sensibilidade social fazem toda a diferença na educação das pessoas. Enquanto se der mais valor ao capital financeiro do que ao capital humano, enquanto se der maior importância ao dinheiro do que ao Homem, enquanto se puserem as pessoas ao serviço do vil metal e não este ao serviço daquelas, não haverá outra coisa senão exploradores e explorados, ainda que uns e outros achem que não vem mal algum ao mundo por isso.»

Um excerto de «Empreendedores há muitos, humanistas é que nem por isso», a minha crónica que o «P3» publicou hoje, contendo algumas das minhas reflexões a propósito do sucedido no «Prós e Contras» da passada Segunda-feira.

© [m.m. botelho]

6.5.13

«sê todo em cada coisa.»


© FBA. e Almedina [2013]

Este é um momento de grande satisfação académica e pessoal para mim. A minha dissertação de Mestrado, intitulada «Utilização das técnicas de ADN no âmbito jurídico. Em especial, os problemas jurídico-penais da criação de uma base de dados de ADN para fins de investigação criminal em Portugal», foi agora publicada pela Almedina, na colecção «Monografias». A partir de hoje, está à venda no site da editora e ainda esta semana estará disponível nas livrarias e em todo o mercado livreiro.

Trabalhei muito para esta dissertação, cujo projecto foi apresentado e aprovado pelo Conselho Científico da Universidade do Minho no tempo em que a Reforma de Bolonha não existia. Sabia que o esforço teria de ser enorme e que era uma empreitada investigar este assunto.

Parti praticamente do zero no que à produção científica nacional nesta área dizia respeito (havia partes de obras que referiam a «prova científica» e uns quantos artigos em publicações periódicas sobre o tema). Fui às bibliotecas e pesquisei nos catálogos sozinha. Fartei-me de tirar cópias e apontamentos. Li muito. Trabalhei horas a fio, dias seguidos, noites inteiras, para produzir um texto do qual me orgulhasse e muito próximo do que foi dado à estampa (este, foi obviamente melhorado aqui e ali, como explico em «Nota Prévia»). Abdiquei de muitos prazeres para poder fazer esta dissertação sem nunca parar de trabalhar como Advogada, estudar e sujeitar-me a exames de outras muitas matérias jurídicas em simultâneo. Passei férias de laptop e livros atrás, estive muitas vezes em muito lado com a cabeça no que tinha para ler e escrever, senti algumas angústias e o receio de não ser capaz de fazer isto com o nível de exigência que eu mesma me impunha. Sobrevivi a tudo isso.

À conclusão da escrita da dissertação, seguiu-se a entrega do texto e o aval do Conselho Científico da EDUM, que designou júri para a defesa. Depois, veio a defesa em prova oral pública, na qual a Arguente, a Professora Doutora Helena Moniz, de quem eu já havia sido aluna de Direito Penal em Coimbra e a quem conhecia bem a exigência, além de um rigorosíssimo juízo crítico, me colocou cerca de sessenta questões (embora eu não tenha podido responder a todas, em face da limitação temporal). Após uma prova de noventa minutos, seguiram-se alguns outros de espera pela decisão final. E no dezassete por unanimidade que me foi atribuído começou o sentimento do dever cumprido e a alegria da meta alcançada. Mas eu não queria ficar por ali.

Revi o texto e apresentei-o à Almedina. O trabalho teve de passar por todos os crivos editoriais e, ainda, por aquele que o actual estado da economia do País impõe a uma monografia desta natureza: a consideração dos riscos económicos do investimento. E passou. Seguiram-se três revisões do texto, o convite ao Professor Mário Monte para redigir o «Prefácio» e aguardar o tempo que leva a impressão e o acabamento de uma obra.

Finalmente, vi descer a luz sobre um livro de capa preta, com uma barra verde-água, escrito por mim. Eis a minha dissertação de Mestrado, com a qual espero poder contribuir, ainda que seja de forma mínima, para o avanço do «estado das artes». A minha maior satisfação, sem dúvida alguma, será poder assistir a isso.

Por isso, não sei quem serão, mas não posso deixar de agradecer, desde já, a todos quantos venham a adquirir e a ler a obra e, também, a todos quantos entendam ser a mesma meritória de divulgação entre os potenciais interessados que conheçam: muito obrigada.

© [m.m. botelho]


«Para ser grande, sê inteiro: nada
teu exagera ou exclui.

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
no mínimo que fazes.

Assim em cada lago a lua toda
brilha, porque alta vive.»
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa.
Odes [1.ª publ. in «Atena» , n.º 1. Lisboa: Out. 1924.]

eu

[m.m. botelho] || Marta Madalena Botelho
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