26.11.10

dispensador

Já não me lembro ao certo quando, mas creio que em finais de 2008, comprei numa loja pequenina cujo nome também já não recordo e que ficava numa das ruas comerciais do centro de Viana do Castelo, um dos objectos que mais satisfação me deu comprar, não só pela utilidade, mas porque o achei muito bonito e porque tinha muito que ver com a fase de vida em que me encontrava então: um dispensador daqueles círculos de algodão que usamos para fazer a limpeza do rosto e aplicar tónicos e bases.

Em acrílico incolor e translúcido, tinha umas aplicações com flores e borboletas ao lado e no fundo, junto à abertura, o que lhe conferia um toque de inocência, alegria e cor, tudo coisas que sentia em abundância naquela altura. Recordo-me que, antes de o embrulhar, o rapaz que estava na loja, onde também comprei um par de pegas de cozinha e cabides, ligou para a Mãe, que tinha saído por instantes, e perguntou-lhe se os círculos de algodão que estavam dentro do dispensador também se incluíam no preço final, muito embora eu lhe tenha dito repetidas vezes que não os queria. Do lado de lá do telemóvel, a Mãe respondeu-lhe que os círculos não eram para venda, pelo que ele os deveria retirar antes de embrulhar o dispensador, o que o rapaz, algo embaraçado, fez.

Mal cheguei a casa, enchi-o de algodão e fui colocá-lo na parede da casa-de-banho, imediatamente abaixo de uma folha da Liga Portuguesa Contra o Cancro com instruções sobre a palpação da mama que já lá estava colada. Humedeci as duas ventosas e pressionei o dispensador contra a parede, que se fixou nela até ao dia de ontem.

Estava eu a escovar os dentes quando, sem que nada o provocasse ou fizesse prever, as ventosas se desprenderam da parede e o dispensador caiu no chão, com estrondo. Ainda de escova dentro da boca, baixei-me de imediato para o apanhar. Foi então que vi que se havia quebrado em ambas as extremidades. Procurei os dois pedaços de acrílico na casa-de-banho, mas só encontrei um. Saí para o quarto e lá dei com o outro, muito longe do local da queda. Peguei em ambos e encaixei-os no dispensador. Com efeito, encaixavam, mas as linhas das quebras eram evidentes e faltava um vértice, muito pequenino, num dos pedaços. Era impossível recuperá-lo sem mazelas.

Gostava a sério daquele objecto. Hesitei um pouco na altura de o comprar, porque custou nada menos do que 25 Euros, mas acabei por me decidir rapidamente, cativada que fiquei pelos desenhos e cor que apresentava. Ao longo de quase dois anos, vi-o diariamente na minha casa-de-banho, toda ela profundamente convencional, de loiças brancas esmaltadas e azulejos bege sem grande graça. Gostava de o ver ali, fixado na parede, sendo útil e, ao mesmo tempo, belo.

Até há uns meses, o dispensador fazia um belo trio colorido com quatro sapos de borracha verde que estavam colados na parede, os quais foram, carinhosamente, baptizados de "xapinhos", e com um rádio que comprei na loja da Universidade do Porto, no Natal de 2007, que tem a forma de uma lágrima e um único botão redondo no centro, de um verde muito bonito e incomum.

No Verão, vi-me forçada (não importa já porquê) a retirar os "xapinhos" da parede da casa-de-banho e a guardá-los numa caixa na despensa, lá bem no fundo de tudo o que consegui colocar-lhe em cima. Ontem, o dispensador que optei por não retirar partiu-se em três. Resiste o rádio que, provavelmente, um destes dias o acaso se encarregará de fazer cair do sítio que o segura, para que não reste mais nada daquele trio.

Aos poucos, as paredes vão-se despindo, os objectos vão desaparecendo, a casa volta a exibir as paredes nuas que tinha quando para cá vim morar. Na porta do combinado já não resta nada, nenhum bilhete, nenhum recado, nenhum poema, nem o programa do Festival do Sudoeste 2008. Na porta da despensa, o mesmo. Tudo limpo e imaculado, sem memórias de nenhum momento, de nenhuma passagem, de nenhum encontro. Porque teve de ser, porque continua a ter de ser.

Lentamente, a minha casa torna ao que era. Eu é que - sei-o - jamais voltarei a ser igual.

© [m.m. botelho]

just for the technique

Stuart A. Staples, «One more time».
Do álbum «Leaving Songs» [2006].

25.11.10

espada de Dâmocles

Graças aos anos, vivemos muitas dores. Mais tarde ou mais cedo, experimentamos a dor mais difícil de superar: a da perda. Experimentamos várias perdas e perdas diferentes. Em consequência, tropeçamos, caímos, ficamos inanimados, quase morremos e ressuscitamos umas quantas vezes.

Porém, quando tropeçamos, caímos, ficamos sem acção, quase perecemos e voltamos à vida, fazemo-lo sempre a partir de um estado que é definido. Damo-nos conta do que se passou connosco e deixamo-nos ir ou agimos, consoante o que a razão nos diga que façamos no momento e perante aquela situação. Já a angústia é um estado indefinido. Sabemos que algo sucedeu connosco, mas não percebemos o que foi. Perguntamo-nos «O que queres?», «De que precisas?», «O que te falta?», «O que temes?», «O que esperas?», «O que procuras?», «O que te magoa?» e não sabemos a resposta para nenhuma destas questões. Perguntamo-nos «Morreste-te?» e não sabemos responder, não sabemos se estamos vivos ou mortos, porque não nos sentimos em nenhuma dessas dimensões que, embora não concretas, são pelo menos definíveis.

A angústia permanente é uma espécie de limbo entre essas duas realidades, como que um fio de navalha onde nos movemos ou uma autêntica espada de Dâmocles que pende sobre a nossa cabeça. Não vemos, não ouvimos, não compreendemos. À nossa volta apenas um profundo silêncio que nos martiriza, nos corrói lentamente, nos desestabiliza, nos petrifica. Sabemos que a angústia não cessa nem com a dor, nem com o grito, nem com o afastamento, nem com a zanga, nem com a revolta, nem com o choro, nem com a apatia, nem com a tristeza, nem com a desolação, nem com o silêncio porque já experimentámos todas essas fases e ela manteve-se sempre lá. Também sabemos que não temos o controlo de nada, porque a qualquer momento a espada pode deslizar sobre a nossa cabeça e ferir-nos mortalmente.

É então que, se nos custa olhar para cima porque vemos a lâmina, nos voltamos para baixo e damos com o fio da navalha. Sabemos que a única coisa que não podemos fazer é deixarmo-nos tombar sobre ele e, no entanto, essa é a única solução que nos ocorre, já que sangrar até à exaustão, esvaziar as veias do sangue que as percorre, retirar cada uma das gotas de vida que teimam em animar o nosso corpo nos parece a única forma de pôr termo à angústia.

Contudo, porque essa é a solução derradeira, lutamos contra ela. E também porque, no fundo, estamos conscientes que essa é uma solução que pode, igualmente, revelar-se uma não-solução. Na verdade, não sabemos se para lá do fio da navalha não haverá qualquer coisa que nos é desconhecida e tememos que, uma vez aí, a angústia se mantenha. E ficamos no que não compreendemos, mas nos é, apesar de tudo, minimamente conhecido. E fazemos das tripas coração para manter o equilíbrio sobre o fio da navalha. Na iminência de sermos trespassados por dois gumes. Angustiados até à medula. Quase implorando para que não tarde o dia em que a espada de Dâmocles finalmente caia sobre a nossa cabeça.

© [m.m. botelho]

21.11.10

20.11.10

instantâneos [5]

fonte: visto aqui

[Espero chegar ao fim da vida sem concluir isto, mas se alguma vez me sentir desesperançada ao ponto de o afirmar, ao menos que o faça assim: a sorrir.]

© [m.m. botelho]

19.11.10

dias de chuva


Tiago Bettencourt, «Canção simples».
Do álbum «O Jardim» [2007].

18.11.10

uma fundamentação do... outro mundo

Como a vida ultrapassa em muito a capacidade imaginativa de todos nós, de vez em quando surgem nos tribunais assuntos cuja apreciação não é óbvia, nem sequer comum.

Alertada para o facto por uma notícia do Diário de Notícias, li o texto integral deste acórdão.
Resumindo os factos ao que interessa, um Cabo da GNR solicitou uma troca de serviço, a qual não foi autorizada. Em reacção, o referido Cabo, dirigindo-se a um 2.º Sargento proferiu, entre outras, a expressão "vá p'ró caralho". Em seguimento disto, o 2.º Sargento participou do Cabo. Tendo sido deduzida acusação, o arguido requereu a abertura de instrução. A decisão instrutória foi de não pronúncia. Inconformado com a mesma, o Ministério Público recorreu. A decisão do tribunal superior (a Relação de Lisboa) é a que consta do já referido acórdão.

No texto do acórdão pode ler-se o seguinte: «Para alguns, tal como no Norte de Portugal com a expressão popular de espanto, impaciência ou irritação "carago", não há nada a que não se possa juntar um "caralho", funcionando este como verdadeira muleta oratória» (sublinhados meus).

Confesso que me causa enorme espanto esta ideia generalizada (e infundada) de que no Norte do país se utiliza este tipo de linguagem com mais desenvoltura do que no Sul. Tal não é verdade. É, no mínimo, uma generalização rejeitável, alicerçada num preconceito de que, pelos vistos, o Relator do acórdão padece.

Quase inacreditável é, ainda, esta passagem do acórdão: «Por exemplo "p'ra caralho" é usado para representar algo excessivo. Seja grande ou pequeno demais. Serve para referenciar realidades numéricas indefinidas (ex: "chove p'ra caralho"; "o Cristiano Ronaldo joga p'ra caralho"; "moras longe p'ra caralho"; "o ácaro é um animal pequeno p'ra caralho"; "esse filme é velho p'ra caralho").
Por seu turno, quem nunca disse ou pelo menos não terá ouvido dizer para apreciar que uma coisa é boa ou lhe agrada: "isto é mesmo bom, caralho"?
Por outro lado, se alguém fala de modo ininteligível poder-se-á ouvir: "não percebo um caralho do que dizes" e se A aborrece B, B dirá para A "vai p'ró caralho" e se alguma coisa não interessa: "isto não vale um caralho" e ainda se a forma de agir de uma pessoa causa admiração: "este gajo é do caralho" e até quando alguém encontra um amigo que há muito tempo não via "como vai essa vida, onde caralho te meteste?"»
.

Pergunto - retoricamente - se seriam necessários tantos exemplos ou se estes seriam sequer necessários para fundamentar a decisão do Tribunal. Pergunto, ainda, o que será isso de «virilidade verbal», expressão que consta do sumário do acórdão. Por outro lado, não faço ideia de qual seja o nível de expressão verbal a que algumas pessoas estão habituadas, mas posso dizer que, sendo eu do Norte do país, está léguas abaixo do meu.

Como nortenha, posso afirmar, convictamente, que algumas das expressões que são referidas como exemplos no acórdão não são correntemente utilizadas nesta região do país, a não ser - admito - em contextos muito específicos de intimidade e brejeirice em que, contudo, dificilmente posso aceitar se inclua a relação entre agentes e/ou oficiais da GNR, mas nisto, como em tudo o resto e como dizem os juristas, a doutrina diverge.

Se me é permitido, esclareço que, no Norte do país, por exemplo:
1. quando algo é velho, não é necessariamente "velho p'ra c******", mas sim "mais velho do que a Sé de Braga";
2. quando alguém mora longe, não mora necessariamente "longe p'ra c******", mas sim "onde Judas perdeu as botas";
3. quando chove muito, não chove necessariamente "p'ra c******", mas sim "a cântaros".
E outros, muitos outros exemplos poderiam ser dados, embora me seja um pouco difícil imaginar o que um nortenho diria a propósito do tamanho do ácaro...

Sem me pronunciar sobre a bondade da decisão, o que não pretendi fazer em nenhum momento deste texto, digo apenas que este tipo de fundamentação é, a meu ver, espantosa, preconceituosa e, acima de tudo, desnecessária. Em suma, diria que é capaz de não valer um c******* (leia-se "chavelho", que é o que no Norte se diz).

© [m.m. botelho]

15.11.10

that makes us two

14.11.10

um café em copo de plástico

Sábado à tarde. Ontem, portanto. Acabara de sair de um compromisso. No caminho de regresso, passei por um café com esplanada em frente ao mar. Arrumei o carro e dirigi-me para lá.
Embora as mesas da esplanada estivessem secas, as cadeiras aparentavam estarem molhadas. Como não sou de "arrumar as botas" facilmente, inspeccionei-as uma a uma. Resignada perante o facto de não poder beber um café na esplanada, acabei por entrar e pedir a bebida ao balcão.
Eis senão quando tive a pior ideia daquele dia: «Têm copos de plástico? Apetece-me beber isto a olhar o mar, não enfiada aqui dentro». Tinham. Serviram-me, paguei e caminhei em direcção à saída.
Atravessei o café com o copo de plástico na mão direita, mala ao ombro, cachecol descaído para a esquerda. Estava eu a empurrar a porta para sair quando dois miúdos arrancaram disparados de uma mesa e passaram à minha frente. Eu, que, para além de tudo o mais, sou também bastante crédula, achei que a última criancinha a sair ia ter a delicadeza de segurar a porta, visto que se atravessaram no meu caminho e bem viram que eu ia sair no momento em que eles decidiram ultrapassar-me pela direita, sem sequer sinalizarem a marcha. Achei mal, claro, e por isso, cometi a imprudência de manter o braço esticado para tentar segurar a porta, que não só não foi amparada pelo puto, como ainda foi objecto da acção do vento que se fazia sentir. Resultado: três dedos da mão esquerda entalados, boa parte do café que eu segurava na mão direita entornado no chão, sobre a minha mala que descaíra do ombro, sobre o punho da camisa branco imaculado que eu vestia e, claro, sobre a minha mão. Café quente, refira-se.
A criancinha voltou-se e mirou a bela cena que ajudou a criar. Abriu a porta e disse um sumido «desculpe», antes de voltar costas e correr para o amigo. Eu respondi que não tinha importância, tratei-o o mais cínica e contidamente que consegui por «pequenino» (teria uns doze anos?) e fui pousar o copo de plástico e a mala a pingar café em cima de uma das mesas da esplanada. Como seria de esperar, nem os pais da criança, nem qualquer empregado ou cliente me perguntou se precisava de ajuda. Toda a gente sabe como é: não se usa.
Procurei um lenço de papel. Enxuguei o café da mão, limpei o melhor que pude a mala e, quando dou por mim, estava a dar graças por ter pedido um café curto (e não haver assim tanto líquido no copo para entornar), por não ter caído café nos sapatos (que eram de camurça), por não ter sujado o cachecol (que entretanto havia, providencialmente, descaído para o lado esquerdo) e por só ter entalado três dedos da mão esquerda e não os cinco possíveis.

Sei que há uns tempos eu teria, de igual modo, desculpado imediatamente o miúdo, pois bem vi que saiu a correr porque ia em brincadeira com o amigo e não antecipou o que sucederia, logo, não agiu com intenção de causar aqueles danos e dores. Todavia, também sei que, provavelmente, ia ficar pior do que estragada por ter dado cabo de uma mala (que ainda não sei se vou conseguir recuperar), ainda por cima daquela mala, que tem um significado especial para mim, e, quem sabe, de uma camisa (pois ainda não sei se conseguirei remover aquela nódoa). Em suma, iria ficar o resto do dia aborrecida. Provavelmente, nem beberia o café, sairia dali a maldizer o mau tempo e o acaso, porque, antigamente, eu pensava que estas coisas aconteciam a toda a gente, mas achava sempre que aconteciam com muito maior frequência a mim.
Ontem não foi assim. Não vou dizer que achei hilariante o que me sucedeu, ou que não fiquei preocupada com a possibilidade da perda da mala e da camisa. Não vou dizer que não me doeu horrores ter entalado os dedos (a porta tinha uma mola, por isso é fácil imaginar a dor que terei sentido) ou suportar a temperatura do café na pele. Porém, apesar disso, no meio da adversidade consegui ver que poderia ter sido um pouco pior.
Não sei se a isto se chama relativizar, ser optimista ou outra coisa qualquer. Sei é que pode resumir-se em ter uma perspectiva diferente - e melhor - daquela que há uns tempos eu teria de um acontecimento semelhante. Se a perspectiva é melhor, isso só pode ser um bom sinal: só pode ser sinal de evolução.
Graças a este episódio, posso ter perdido uma mala e uma camisa, mas ganhei a consciência de que em certos pormenores da minha vida tenho hoje uma outra reacção e isso dá-me uma sensação de satisfação. Uma sensação muitíssimo mais valiosa do que o preço daqueles dois ou de quaisquer outros objectos.

© [m.m. botelho]

12.11.10

decrescente


Curiosa, a data de hoje, quando escrita.

© [m.m. botelho]

9.11.10

fairytale endings

Jack Savoretti, «Harder Than Easy».
Do álbum «Harder Than Easy» [2009].

8.11.10

um bom final

Talvez devêssemos pôr tanto cuidado e esmero no modo como terminamos as nossas relações amorosas, como pomos no modo como as iniciamos. No começo de uma relação, empenhamo-nos para que tudo seja o mais próximo possível da perfeição, para que, de cada vez que o recordemos, possamos dizer que foi o mais belo, inesperado, romântico, arrebatador e apaixonado dos inícios. Exceptuando a parte do romantismo, arrebatamento e paixão, claro está, talvez devêssemos fazer o mesmo quando terminamos. Sim, talvez devêssemos encetar todos os esforços para que, de cada vez que a memória nos levasse de volta ao momento da ruptura, pudéssemos dizer que foi o mais leal, sereno, franco, respeitoso e - porque não? - belo dos finais.

Só um bom final está à altura de um bom começo. Talvez devêssemos, por isso, nós mesmos, procurar estar à altura de ambos, para sermos merecedores de ambos.

Tal como, segundo dizem, nunca é tarde para um bom começo, parece-me que também nunca deveria ser tarde para um bom final. Até porque, consta, só não há remédio para a morte e o fim de uma relação não é a morte, é um luto. Nós continuamos cá, vivos, com a possibilidade de fazer tudo o que ainda houver de ser feito para mudar o que houver de ser mudado. Talvez devêssemos fazê-lo. Sim, talvez devêssemos. Talvez devêssemos acabar de novo quando não acabámos bem.

© [m.m. botelho]

7.11.10

instantâneos [4]


cartaz do Rally To Restore Sanity EUA, 30.10.2010

[Porque não basta pedir: é preciso pedir com todo o fervor.]

© [m.m. botelho]

eu

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» O âmbito do direito de autor e os direitos conexos incidem a sua protecção sobre duas realidades: a tutela das obras e o reconhecimento dos respectivos direitos aos seus autores.
» O direito de autor protege as criações intelectuais do domínio literário, científico e artístico, por qualquer modo exteriorizadas.
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