26.4.09

foste embora num cravo vermelho

NNaquela noite não vieste para casa. Nem naquela noite, nem nesta. Bebi, comi, dormi, acordei, tomei banho, saí para o trabalho, voltei para casa, sempre à tua espera. Tudo fiz, estes três dias, à tua espera, sempre à tua espera. Mas tu não voltaste, nem para casa, nem para lado nenhum onde eu esteja.

A revolução foi na madrugada de ontem. A vida lá fora continua agora num sereno reboliço. Ouvi dizer que no Alentejo já falam em tomar propriedades e ocupar moradias vagas, cheias de poeira sobre lençóis brancos e fiapos de sol a espreitar das frinchas das persianas e que ninguém acha estranho que assim seja. Alheado de tudo isto, hoje fiquei em casa. Cheguei mesmo a pensar que valeu a pena ter sido pobre toda a vida para viver estes dias com alguma calma. Pela primeira vez na vida dei por mim a dar graças, não sei a quê ou a quem, por viver numa casa que não é minha e por ir a pé todos os dias para o trabalho. Não tenho nada que me possam tirar, já não tenho nada que me possam tirar.

Disseram-me que te viram ontem no Largo do Carmo em cima de uma chaimite, abraçada a um homem. Disseram-me que estavam ambos a fumar o mesmo cigarro. Nós costumávamos fumar o mesmo cigarro, à varanda, nas noites quentes de Estio. Eu abraçava-te, a minha mão na tua cintura, a tua mão sobre a minha, o cheiro dos teus cabelos misturado com o do tabaco, o fumo a escapar-se por entre os teus dentes e a preencher de névoa a negridão do céu da nossa varanda. Eu de olhos pousados em ti, inebriado de ti, dos teus caracóis, do fio de ouro que te afagava o pescoço, do pingente onde brilhavam discretamente as nossas iniciais entrançadas. Eu perdido no teu perfil, no teu nariz pequenino, eu encontrado nas nossas mãos juntas na tua cintura.

Disseram-me que rias muito, que gritavas, que aplaudias, que ele te olhava com admiração, que se beijaram muitas vezes. Talvez um preso político, talvez um estudante, talvez o dono de uma loja. Ninguém soube dizer-me quem ele é. Não é que faça qualquer diferença que eu saiba quem ele é. Faz-me diferença é aquela porta muda e queda. E os teus brincos de filigrana em cima da cómoda do nosso quarto. Dizias muitas vezes que aqueles brincos eram a coisa mais valiosa que tinhas. Faz-me diferença o leite a azedar em cima da mesa, o teu avental pendurado atrás da porta, abanado pelo vento. Faz-me diferença os teus chinelos debaixo da nossa cama, pousados um sobre o outro, descalçados à pressa na última manhã em que te vi. E o frasco de perfume quase vazio no armário da casa de banho.

No Carmo já não está ninguém a gritar, a aplaudir e a rir muito. Já só se vêem militares. Nas poucas imagens que vi na televisão do café não apareceste. Esperava ver-te de cravo vermelho ao peito, ou preso na orelha, um cravo vermelho nas imagens a preto e branco que a televisão do café irradiava. Mas não, tudo a preto e branco, nada de cravos vermelhos presos na orelha.

Disseram-me que não voltas, que fugiste com ele. Mas tu não fugiste, eu sei. Tu nunca te deixaste prender. Dormíamos na mesma cama, mas tão separados quanto é possível que duas pessoas que não se amam estejam. Nunca gostaste do arroz que eu sempre fiz com tanto empenho. Sabia há muito que não poderias, portanto, amar-me. E eu sempre achei que o teu arroz sabia a arroz, que tinha o mesmo sabor dos demais. E não tinha.

Tantas coisas que eu achei sempre iguais às demais e não eram. Até aquela madrugada em que te esperei eu julguei ser como as demais. E não foi. Tu não voltaste e eu deixei-me afundar em copos de um vinho mau, de um vinho francamente mau. Esta espera não é como as demais, porque tu não voltas. Disseram-me que não voltas e eu sei que não voltarás. Foste embora naquela risada, naquele grito, naquele aplauso, naquele cravo vermelho que eu em vão procurei nas imagens da televisão. Foste embora e eu não te vi ir, como nunca fui capaz de te ver enquanto estavas aqui.

[Também publicado em PNETcrónica.]

© Marta Madalena Botelho

19.4.09

a bela e os monstros


«Diz-me os teus preconceitos, dir-te-ei quem és.»

Se há uma semana me perguntassem se o nome Susan Boyle me dizia alguma coisa, provavelmente, não hesitaria muito mais do que trinta segundos antes de responder «não». Hoje, não só sei quem é Susan Boyle como já ouvi várias conversas em torno da sua descoberta.

Invariavelmente, a primeira referência fica-se pelo aspecto físico. Não há quem não realce o facto de Boyle ostentar um mais que visível buço abaixo do nariz. O choque aumenta quando se diz que ela nem sequer se dá ao trabalho de o descolorar.

A pergunta que se segue é se depila as sobrancelhas, mas também aqui a resposta é negativa. Exibindo um par de farfalhudas tiras de pêlo sobre os olhos, Boyle, uma vez mais, revela-se indisposta a ceder a suplícios faciais. É fácil antever onde a conversa conduz: bocas escancaradas, esgares de nojo, drama.

Ao que parece, uma mulher do século XXI simplesmente não pode optar livremente por não se depilar. Caso opte, para além de ser vista como se de extra-terrestre se tratasse, é imediatamente catalogada de feia, já para não falar de mimos como desleixada e masculina. Segundo consta, nos tempos que correm, os pêlos são privilégio masculino mas, mesmo assim, apenas de alguns homens, isto porque até eles devem submeter-se ao laser, à cera ou à pinça se os pêlos não tiverem um crescimento homogéneo e orientado na mesma direcção (de acordo com os doutos ensinamentos que colhi numa revista dita «fashion»).

Não estou certa de que a palavra «ridículo» seja suficiente para caracterizar o que penso de tudo isto. Às vezes dou por mim a pensar nos sacrifícios tremendos – que fazem o arrancar dos pêlos parecer o maior dos prazeres – que foram necessários para chegarmos onde estamos em matéria de liberdade. O ser humano passou séculos a lutar contra qualquer forma de opressão, quer ela viesse do Estado, quer do seu semelhante. Alguns seres humanos continuam a ter de travar essa luta todos os dias. Mas por cá, no mundo dito «civilizado», a opressão deixou de ser externa para passar a ser interna, porque as mulheres e os homens dos nossos dias, tão seguros de si se encontravam que transferiram os aguilhões que condicionam os seus movimentos, as suas escolhas e o seu tempo para dentro de si mesmos. Outra coisa não são os preconceitos, os complexos e os esteriótipos a que, sem nos darmos conta, nos vergamos diariamente. Da depilação ao vestuário, da linguagem à decoração das casas, tudo parece obedecer a regras bem delimitadas que ninguém viola sob pena de ser excluído do «grupo». Na ânsia de se manter dentro de um (cada vez mais pequeno) rectângulo identitário, um esmagador número de pessoas toma determinado perfil como sendo o ideal e tenta a todo o custo reproduzi-lo em si mesmo (nem que para isso tenha de padecer torturas que nem sempre são físicas), reduzindo assim a sua autonomia e a expressão da sua individualidade à mera imitação.

Quem não se enquadra é relegado para plano inferior e depreciado. Só isso, aliás, poderá explicar as caras de espanto que uma voz como a de Susan Boyle provocou, só porque não era suposto que alguém com o seu aspecto pudesse cantar tão maravilhosamente. Isto, claro, como se a voz dependesse da aparência das pessoas...

O essencial continua e haverá de ser sempre invisível aos olhos. Não depende, por isso, do tratamento que damos ao nosso exterior, dos esteriótipos a que os nossos preconceitos nos submetem. Talvez o fenómeno Boyle tenha surgido não apenas para deleite musical, mas também para nos fazer pensar um pouco mais sobre isso.

[É irónico o facto de o momento televisivo em que Susan Boyle derrubou preconceitos ter tido início com as estas palavras «There was a time when men were kind».]

[Texto integral publicado em PnetCrónicas.]

© Marta Madalena Botelho

12.4.09

por trinta dinheiros ou menos

Por muito que uns gostem e outros odeiem Portugal, terra de aparições, consagrações e dedicações, é, antes de mais, um país devoto. Poderia acrescentar-se ao manguito do «Zé Povinho» uma velinha na mão direita que a imagem do português típico não ficaria muito comprometida e, ao invés, muito mais completa. Por algum motivo esta nação foi dedicada à Imaculada Conceição. Por algum motivo a azinheira escolhida por Nossa Senhora para alertar para os males do comunismo e a imperatividade da recitação do rosário tem raízes em Fátima. Por algum motivo vivemos inebriados durante quarenta anos pelo impacto da trilogia «Deus, Pátria, Família».

Muito poucos devem ser os feriados municipais que não sejam em honra de um santo católico. Terra que se preze tem sempre como padroeiro um santo, de preferência mártir. A toponímia, por seu turno, está cheia de referências aos eleitos da Igreja Católica. E nem a doçaria escapa a baptismos abençoados.

Porém, tanta religiosidade não implica sempre e só sacrifício. Bem vistas as coisas, até tem as suas vantagens. A par das festas religiosas andam sempre os festejos profanos. Enquanto as primeiras obrigam a jejuns, arrependimentos e penitências, as segundas primam pelos desregramentos, exageros e diversão. A Páscoa e as manifestações que a cercam são o exemplo paradigmático disso.

No sábado que a Igreja chama «de Aleluia» é costume, em diversas localidades, fazer-se a «Queima do Judas». Depois de uma encenação mais ou menos complexa (conforme os costumes locais), que consiste num auto-de-fé popular, o boneco representando o traidor de Cristo é queimado em chamas altas, sob forte regozijo dos que assistem ao espectáculo.

A cerimónia da «Queima do Judas», mais do que a expressão colectiva do desejo de pôr fim ao período de tormenta imposto pela Quaresma, é a concretização da vingança da abstinência de tudo aquilo a que se releva o mal que faz pelo bem que sabe, entre os excessos dos insultos ao «maldito» e o espalhafato das carpideiras.

Mas Judas é, também, um providencial bode expiatório de todos males e de todas as críticas que, numa tentativa de desculpabilização, todos reconhecem necessários, tão imprescindíveis quanto o beijo que o discípulo delator deu ao Mestre na hora em que o entregou, tudo para que se cumprisse o que tinha sido escrito pelos Profetas.

O Judas que se queima na noite que antecede o dia da Ressurreição poderia muito bem simbolizar tantos que, como ele, se vendem por trinta dinheiros ou até por bem menos, agora como dantes, mas que não vêem grande mal nisso, já que acreditam que haverá sempre quem venha depois para redimir o mal feito.

Segundo certas tradições, o boneco que arde no alto da forca tem ao peito uma sábia inscrição: «Aqui jaz Judas Iscariote / Aquele que a Cristo vendeu / Todos os que daí me olham / São mais Judas do que eu». Dizem alguns que é a parte que o fogo mais trabalho tem para consumir. Certamente, não é por acaso.

[Também publicado em PnetCrónicas.]

© Marta Madalena Botelho

5.4.09

«I've got you under my skin»

Cá por casa sempre me chamaram «rabinho do gato». Como sou a filha mais nova e a neta mais nova e, além disso, tenho uma certa tendência (saudável) para a mimalhice, o nome assentava-me bem.

Isto foi assim durante 28 anos, até que em Junho passado nasceu o meu sobrinho que, como está bom de ver, veio descaradamente apoderar-se das atenções que antes eram todas minhas. Ora eu, que apesar de mimada sou sensata, tentei mentalizar-me de que aquela era a evolução natural das coisas, que a vida era mesmo assim, feita de cedências e que eu, como tia responsável e crescidinha, teria mesmo de partilhar o mimo com aquele pequenino rebento. Parecia evidente: havia alguém mais novo na família e eu corria o risco de deixar de ser o «rabinho do gato».

Mas eu não estava assim tão disposta a abdicar da minha posição e, por isso, cedo fiz questão de estruturar uma argumentação que me permitisse invocar o estatuto especial. Afinal de contas, o meu sobrinho era o «rabinho de um outro gato» que entretanto se havia iniciado com o casamento dos pais dele. Por mim, ele poderia ser rei de tudo e mais alguma coisa, desde que deixasse intocável a minha esfera e, principalmente, o meu gatinho.

Pouco tempo levaria, porém, até que o meu sobrinho conquistasse o meu coração e me fizesse apaixonar por ele ao ponto de quase esquecer a questão. Acreditem que é muito difícil resistir: o sacaninha tem charme até mais não. Nunca o vi acordar mal-disposto e até as birrinhas que vai fazendo (que nunca vi demorarem mais do que um minuto) têm graça. Deve ser qualquer coisa que lhe põem no leite para o fazer assim tão querido e simpático (digo eu, que não percebo nada de alimentação infantil).

Mas mesmo tendo em conta este meu estado de completa rendição aos encantos daquela pequena porção de gente, quando ontem à tarde a minha irmã requisitou os meus serviços de babysitter por um par de horas, eu estava longe de imaginar que seria tudo tão especial.

Como o meu sobrinho tem uma relação algo atribulada com cadeiras, espreguiçadeiras e todos os artefactos humanos que o confinem a uma sensação de aprisionamento (bem como com sapatos e sapatilhas, diga-se en passant), obrigou-me a andar com ele ao colo para todo o lado. Foi assim que descobri que até nem me safo mal a escrever no computador, a ler o jornal e a mudar os canais de televisão só com uma mão. Mais complicado, porém, é suportar alguns puxões de cabelos e o modo destemido e decidido com que me aperta o nariz, as bochechas e o queixo, mas com paciência, tudo se aguenta (agora que me lembro disso, é absolutamente incrível a força que aquelas mãozinhas têm, meu D'us).

Ainda assim, não pode dizer-se senão que passei uma tarde deliciosa na companhia do meu sobrinho-afilhado-concorrente-directo-ao-posto-de-«rabinho-do-gato», que acabou por adormecer no meu colo e dormir o sono dos justos durante um bom bocado. Para o adormecer dancei com ele e cantei-lhe o «I’ve got you under my skin», metade com letra, metade com murmúrios (precisamente naquelas partes em que não me lembrava da letra). Foi assim que dali a poucos minutos ele foi encostando a cabecita ao meu peito e desistindo de lutar contra o sono. Não sei se foi da minha voz melodiosa, se da verdade da declaração de amor que lhe fiz. Tudo o que importa é que resultou.

© Marta Madalena Botelho

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