29.5.08

scout niblett

Scout Niblett | mercado negro | Aveiro | 29.05.2008

«what a way to start a fire
broken with the break of day»



Scout Niblett & Bonnie 'Prince' Billy. «Kiss».
Do álbum «This fool can die now» [2008].

28.5.08

cuscuz

la graine et le mulet | abdel kechiche | 2007 | 28.05.2008

Os sonhos nascem onde quer que os tenhamos, cumprem-se onde quer que aconteçam, resultam como o acaso permitir, mas só morrem dentro do nosso coração quando nós mesmos perecemos.

© [m.m. botelho]

25.5.08

pele, músculo, osso e coração


tindersticks | «the hungry saw» | 2008

É impossível tentar definir de um modo simples e directo os Tindersticks. Descrevê-los é invocar a combinação perfeita entre o timbre grave e rico em harmónicos de Stuart A. Staples (às vezes propositadamente aquém das notas, outras fazendo lembrar Leonard Cohen); melodias simples (repescadas das canções clássicas dos anos 60 e 70) e, contudo, profundamente emotivas; orquestrações e arranjos pouco imediatos, e, por isso, surpreendentes. E ainda há as letras, entre as quais se destacam os extraordinários (por vezes, deprimentes) monólogos de Staples. O somatório não é somente apelativo, é apaixonante.

Foi preciso esperar cinco anos por «The Hungry Saw», provavelmente o melhor álbum de originais da banda de Nottingham nos últimos doze anos. Nele, o piano introduz um conjunto de canções marcantes que conjugam soberbamente a sonoridade a que os Tindersticks já nos habituaram com novas influências, canções que oscilam entre o folk de «The Flicker Of A Little Girl», o instrumental psicadélico de «E-Type» (quem estava à espera da voz feminina suportada pelo órgão como pano de fundo?) e as (belíssimas e nostálgicas) reminiscências fantasmagóricas de «The Organist Entertains». O single que dá titulo ao álbum encharca-nos de blues e sangue à medida que Staples nos conta a história de uma jovem que sucumbe às mãos de um homem ardiloso: «the first cut is the skin, second is the muscle, then there's a crack of the bone and he's at your heart». E damos por nós como ela: retalhados.

Em «The Hungry Saw» os Tindersticks voltam a ser eles mesmos. E nós voltamos a render-nos ao modo como cantam para nós.

Tindersticks. «Introduction to "The Hungry Saw"».
«The Hungry Saw» [2008].


[Também publicado em PNETmulher.]

© Marta Madalena Botelho

22.5.08

pássaro





© [m.m. botelho] | fotografias | maio de 2008


© [m.m. botelho]

18.5.08

um pássaro no chão do meu terraço

Até ao final da tarde de sábado, eu não tinha escolhido o tema para esta crónica. Não tinha, sequer, alinhavado uma ideia que fosse. Absolutamente nada. Como acontece sempre que tenho um prazo para concretizar uma tarefa a aproximar-se e não estou a ver qual seja a solução para o meu problema, descalcei os sapatos, arregacei os jeans e fui para o terraço estender-me ao sol debaixo do céu azul. As nuvens pareciam mover-se em câmara lenta, o que até nem é muito vulgar para estes lados onde o vento, para além de torturar as pessoas que, como eu, têm os cabelos compridos, costuma empurrar o algodão celeste a todo o vapor. Só isto já fazia antever que algo de especial haveria de acontecer. E aconteceu mesmo.

Fechei os olhos por alguns instantes. Apesar da hora, a luz do sol ainda era intensa e a claridade incomodava-me. Deixei tombar a cabeça na espreguiçadeira e fiquei assim por uns instantes, até ficar tudo vermelho por dentro das pálpebras, como se uma mancha de sangue alastrasse à minha frente. Voltei o rosto de lado e abri os olhos. À minha frente, no chão, um passarinho. Calculei que estivesse apenas a fazer uma breve pausa no seu voo. Olhei de novo para cima. Acima da minha casa mas, especialmente, sobre o meu terraço esvoaçavam outros pássaros igual àquele que ali havia pousado, e uma mão cheia de gaivotas. «Tempestade no mar», pensei, e cerrei os olhos. Quando tudo voltou a arder de vermelhidão, abri-os e olhei novamente em direcção ao pássaro parado no meu terraço. Ali continuava ele, inerte, no mesmíssimo sítio.

Ergui-me e caminhei na sua direcção, convicta de que, assim que eu me aproximasse, ele levantaria voo. Mas não. Agachei-me junto dele, ele nem se moveu. Pude ver, então, que respirava descompassadamente, que parecia demasiadamente inchado e que fitava sempre o mesmo ponto, sem dar por nada à sua volta. Fiquei ali, a seu lado, durante algum tempo. Aproximei-me até quase lhe tocar. A cabeça começava a pender-lhe para um dos lados e às vezes fechava os olhos com muita força. Foi então que me ocorreu que talvez aquele passarinho estivesse em agonia.

Deixei-o em paz. Voltei para a minha espreguiçadeira e deitei-me, voltada para ele. Tinha muito em que pensar. Afinal de contas, ainda não tinha tema para a crónica. De onde eu estava, já quase não via a cabeça do pássaro. Fechei os olhos por instantes mas estranhei não ver a mancha vermelha. De repente, o sol havia ficado encoberto. Procurei, então, o passarinho frágil, indefeso, moribundo que havia deixado no chão do meu terraço. Olhei na sua direcção, mas ele já não estava lá. Havia voado, talvez, ou então foi colhido por alguma mão invisível que o resgatou.

Não sei porquê, aquele pássaro fez questão de pousar no meu terraço para despedir-se de mim. E também não sei porquê, não quis morrer naquele chão. Por obra do acaso, ou não, cruzei-me com ele nesta sua última viagem. E ele, corajoso, não fugiu de mim.

Foi então que percebi que o pássaro não viera só para eu ter tema para esta crónica. Viera também, e principalmente, para invocar toda a gente que nunca me disse adeus antes de partir da minha vida e tanta outra que optou por fugir em vez de ficar. Gente de quem senti, naquele instante, saudades. Gente que acabou por desaparecer, assim, entre um fechar e abrir de olhos, enquanto o sol se escondia atrás das nuvens num final de tarde estranhamente sem vento.

[Também publicado em PNETcrónicas.]

© Marta Madalena Botelho

14.5.08

«a palavras loucas, orelhas moucas»

Se Manuela Ferreira Leite não fosse Manuela Ferreira Leite ou, melhor dizendo, se Manuela Ferreira Leite não fosse candidata à liderança do PSD ou, melhor dizendo, se Manuela Ferreira Leite não tivesse a importância que tem ou, melhor dizendo, se Manuela Ferreira Leite não fosse a pessoa mais bem posicionada para vencer as eleições internas do partido no dia 31 de Maio, teria assim tanta importância saber se votou ou não em Pedro Santana Lopes em 2005? Não, não teria. Por isso é que ninguém anda para aí a questionar se Passos Coelho, Patinha Antão e Neto da Silva votaram em Pedro Santana Lopes em 2005.

Além disso, parece-me que Manuela Ferreira Leite foi explícita q.b. ao dizer que vota PSD. É que em eleições legislativas vota-se em partidos e não em pessoas. Votar PSD é, portanto, votar em todos os que se propõem integrar o governo do partido em caso de vitória e não apenas no líder do partido à data das eleições. Mas se mais for preciso esmiuçar, é óbvio que ter votado PSD em 2005 foi votar (também) em Pedro Santana Lopes. Onde é que está a dúvida? Em que aspecto é que a resposta de Ferreira Leite não foi clara e elucidativa?

Ademais, a Manuela Ferreira Leite foi perguntado se votou PSD em 2005, logo, a resposta foi bem dada. A pergunta seguinte («Votou Santana Lopes em 2005?»), pretende apenas causar polémica e é absolutamente inútil e disparatada. Perante perguntas deste calibre, afirmar «obviamente, não lhe respondo», como fez Ferreira Leite, só demonstra inteligência, pois já é tempo de perceber que o jornalismo sério não é aquele que procura o espalhafato e as guerrilhas, mas sim o que está empenhado em informar. Por algum motivo diz o adágio popular que «a palavras loucas, orelhas moucas».

Por isso, pergunto: que tem toda esta questiúncula assim de tão extraordinário, a não ser permitir a alguma comunicação social (aquela que lida melhor com o género populista de Santana Lopes do que com pessoas com o perfil mais formal como o de Ferreira Leite) tentar centrar as atenções naquilo que não tem absolutamente importância alguma para os destinos do PSD? Nada, pois claro. Repitamos, pois, o refrão: «a palavras loucas, orelhas moucas». E mudemos de assunto.

[Também publicado em PNETcrónica.]

© Marta Madalena Botelho

11.5.08

a minha intimidade em noventa gramas

De todos os meus objectos, aquele com o qual tenho uma relação menos amistosa é o telemóvel. Isto é tão sério que, se tivesse de enunciar a pior invenção do ser humano, não perderia sequer dois segundos a pensar e, sem ponta de dúvida, diria que foi o telefone portátil.

Há mais de dez anos que esta coisa faz parte do meu dia-a-dia. Ainda me lembro do meu primeiro aparelho. Só tinha uma cor (preto), as teclas não tinham iluminação e era tão parecido com um telecomando de televisão que não raras vezes se dava a confusão. Não tenho saudades dele, obviamente. Entretanto, comprei talvez cinco ou seis outros aparelhos (fazendo as contas por alto), que se foram sofisticando cada vez mais até ao ponto de terem tantas funções que a única que deveriam cumprir – fazer e receber chamadas – é a que pior desempenham.

Mas a verdade, contudo, é que não obstante o profundo ódio que nutro pelo meu telemóvel, não sei viver sem ele. Passei a concentrar naquele pequenino engenho uma série de informações que, sei-o bem, não me fazem falta nenhuma, mas que tenho pavor de perder. E não me refiro só a números de telefone, obviamente. Entre datas de aniversário, compromissos e listas de compras estão umas quantas fotografias irrepetíveis, alguns vídeos que gosto de rever a cada passo e umas dezenas de mensagens escritas que simplesmente não consigo apagar – e não me perguntem porquê.

Muitas pessoas que fazem parte da minha vida queixam-se do mesmo: dizem que são inúmeras as vezes que me ligam e eu não atendo. E eu lá tenho de me justificar e de explicar porque é que não atendi. Sinto-me defraudada. Quando eu comprei o meu primeiro telemóvel disseram-me que uma das grandes vantagens que ele tinha em relação a um telefone fixo era a possibilidade de identificar previamente a proveniência da chamada e, portanto, a liberdade que me concedia de atender ou não. Esta, a par da pretensa garantia de 25 anos de anti-aderência de uma frigideira com um preço absolutamente pornográfico que uma vez cometi a imprudência de comprar, foi, seguramente, a maior "peta" que me pregaram em toda a minha vida. É m facto: com a "incorporação" – este parece-me o melhor termo para empregar aqui – do telemóvel na minha vida, acabou-se toda e qualquer liberdade em termos de comunicações móveis: não só a de não atender as chamadas, mas também – e isto quase me faz subir paredes – a de, simplesmente, não o trazermos sempre connosco (e o deixarmos comodamente a repousar dentro da gaveta) ou, ainda, a de o desligarmos («puf, caput, não estou para ninguém»). Caso tenhamos o atrevimento de fazer qualquer uma destas três coisas somos, na primeira oportunidade, imediatamente bombardeados com perguntas e mais perguntas começadas por "porquê", o que, para quem só queria alguma tranquilidade e não ser incomodado, pode ser uma espécie de inferno terrestre (diabinhos, labaredas e caldeirões de azeite a ferver incluídos).

O meu telemóvel é meu carcereiro e isso não posso negar. Embora continue a querer acreditar que não sou dependente daquela maquineta irritante e continue a fazer questão de não interromper o que estou a fazer só porque ele começa a tocar, bem como de o deixar em casa de vez em quando, a verdade é que aquele pequeno objecto concentra em si muito de mim, como dantes acontecia com as minhas agendas cheias de papelinhos a espreitar borda fora. A verdade, bem vistas as coisas, é que não o posso perder porque ele concentra a minha intimidade em noventa gramas, intimidade essa que não me permito sequer imaginar que alguém possa violar sem entrar em pânico mental. Perder o meu telemóvel é, por isso, cenário dantesco que me recuso a enxergar.

O progresso, às vezes, tem destas coisas: sob a aparência da libertação, esconde a dependência. Prometo pensar melhor sobre isto e voltar ao tópico, mas noutras calendas...

[Também publicado em PNETcrónicas.]

© Marta Madalena Botelho

4.5.08

um novo partido... velho

É lugar-comum dizer-se que a democracia, tal como tudo o resto em Portugal, está em crise. Mas todos nós sabemos que dizer, sem mais, que a democracia está em crise, não é nada a não ser uma frase genérica que, as mais das vezes, tem como resultado a instalação de um confortável estado geral letárgico e asténico entre aqueles que são os únicos que poderiam fazer alguma coisa.

A crise é um bicho papão e desmotivador, que leva à rendição e ao abanar de cabeças resignado. Diz-se por aí que o jeito é deixá-la passar, o que, dependendo do lugar que se ocupa no Parlamento, ou seja, consoante se integre o partido do governo ou um dos partidos da oposição, acontecerá a curto prazo ou não acontecerá nunca! Não é, portanto, uma questão de perspectivas, nem sequer de análise séria das coisas, mas sim de cor (política) que faz ver a crise – qualquer crise – como coisa preta e definitiva ou imaculada e transitória.

Tenho as maiores reservas em admitir que a democracia possa estar em crise. Foram anos e anos a levar com a «tese do Contrato Social», com a «Teoria Geral do Estado», a sustentar que o regime democrático é o melhor sistema de organização política, a acreditar que o único meio de governar é através do povo, para o povo e pelo povo. Ora, um sistema que atravessou séculos de História e me tem sido inculcado ao longo da vida não pode entrar em crise! A união entre o povo e a democracia ainda é dos poucos casamentos nos quais eu consigo acreditar, um dos poucos que eu sei que será indissolúvel para todo o sempre, tal como o do café com o leite, o do melão com o presunto e o do Doutor Garcia Pereira com (tod)as candidaturas.

Não me venham com coisas. O que está em crise não é o sistema democrático, mas sim os partidos políticos. Como o próprio nome indica, a maior parte deles está... partida, que é como quem diz dividida em facções e os que não estão só à custa de muita perseguição, da expulsão dos elementos dissonantes, do aniquilamento de quaisquer correntes de pensamento internas que divirjam da dos dirigentes é que mantêm essa podre aparência de unidade, que não é exactamente o mesmo que união, mas parece.

A desagregação dentro dos clãs partidários salta à vista sempre que há eleições para os órgãos. As posições endurecem e distanciam-se, as diferenças ideológicas – que afinal são mais do que muitas – não deixam margem para dúvidas e os até então fraternos companheiros de luta tornam-se ferozes opositores. Claro que todo este arrazoado vem a reboque da actual situação interna do PSD, que embora seja apenas mais um processo eleitoral dentro da máquina partidária, não deixa de ter as suas especificidades e os seus aspectos dignos de caricatura.

Leio as notícias dos jornais e não consigo deixar de sorrir. Com efeito, há cerca de meio ano, o PSD estava em situação similar à presente, discutindo ideias para definir a linha estratégica que correspondia à vontade dos militantes e que melhor convinha ao partido. Então, se bem me lembro, surgiram só dois confrontos de ideias, apenas duas posições com capacidade e condições para avançar para a disputa. Nestas condições inclua-se a vontade de ir à luta, afinal, o mais importante, já que ninguém «sobe ao ringue» se não quiser e a julgar pelo panorama actual, há muito quem há seis meses não tenha querido e agora considere imperioso avançar. Seis meses, apenas cerca de seis meses depois, são várias as candidaturas, muito diferentes, segundo apregoam e cada uma delas muito boa, se comparada com as outras (todas elas muito más, obviamente). Cabe, então, indagar: em apenas seis meses, o que é que mudou assim tanto dentro do PSD? Que cenário é este tão inesperado que levou tantos candidatos a perfilarem-se como os salvadores do partido?

Segundo eles nos querem fazer crer, não obstante o calendário ter avançado do Inverno para a Primavera, o nevoeiro laranja adensou-se. E nisto o coro é afinado: urgem medidas renovadoras que unam o partido e as suas bases, que reaproximem os cidadãos da política, que façam os portugueses acreditar que há alternativa viável ao PS, que deixem claro quais as diferenças de posição entre sociais democratas e socialistas, etc., etc., etc., já todos sabemos a ladainha de cor. No fundo, importa renovar, reaproximar, acreditar de novo, esclarecer para, em suma, apresentar aos portugueses um novo partido... velho. Novo apenas no plano das intenções e velho, muito velho porque ancorado nas mesmas pessoas, nas mesmas posturas políticas, nos mesmos grupos de interesses, no mesmo objectivo de, em alternância com o PS, governar de tempos a tempos e vetusto também nos seus pressupostos ideológicos (este será, porventura, o aspecto menos negativo).

O PSD, tal como todos os partidos políticos portugueses – mesmo os mais recentes –, não precisa de se renovar. Precisa, isso sim, de se reconstruir. E, se necessário for, demolir para voltar a erguer. Mais do que necessário – imprescindível! – é que se redefina enquanto microestrutura política dentro de um sistema que não acabou de implantar-se como sucedeu no tempo em que foi criado, mas que tem já trinta e quatro anos de existência e um inteiramente novo contexto dentro do país e fora dele.

Olhando para os partidos portugueses, não consigo ver mais do que colectividades de indivíduos que, na sua esmagadora maioria, andam no palco político desde que caiu a ditadura; indivíduos que se revezam nos cargos a cada passo – alguns deles saltitando até de partido em partido –; indivíduos que já tiveram mais oportunidades do que as que mereciam para demonstrar que sabiam fazer alguma coisa se, de facto, soubessem; indivíduos que continuam a proclamar que a democracia está em crise, já não porque tem tenra idade, como no pós-25 de Abril, mas porque está "descaracterizada e desajustada".

Já o disse e repito: não me venham com coisas. A crise é das ideologias que já foram testadas e falharam, das pessoas que já governaram e levaram cartão vermelho dos eleitores, dos partidos que estão totalmente descredibilizados perante a opinião pública e dos modos de actuação política que tresandam a luta de interesses económicos e pessoais, mas não só. Recorrendo à metáfora, diria que a crise não está na forma onde se coze o bolo, mas sim nos ingredientes da massa. Os portugueses estão fartos de comer mal, de comer sempre do mesmo, de que lhes impinjam gato por lebre, de que lhes prometam algo novo que, afinal, é mais do que velho, é caquéctico.

Sem surpresas, no dia 31 de Maio, o candidato vencedor das directas será somente o novo líder do PSD, mas não o líder do novo PSD. E é pena, porque a oportunidade é única e excelente e não é nada inteligente desperdiçá-la.

[Também publicado em PNETcrónicas.]

© Marta Madalena Botelho

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