Extraordinária, a capacidade que todos temos de empurrar para cima dos outros a responsabilidade pelas situações que nós mesmos criámos com os nossos comportamentos ou as nossas palavras. Já sei disto (aprendi), mas não cesso de me espantar com a frequência com que acontece e com o facto de acontecer a toda a gente.
Claro que chegar à conclusão que fomos nós e não o outro quem criou a situação é o passo n.º 1 (o mais complexo e também o mais difícil) na tomada de consciência de que a responsabilidade pela criação da situação é nossa e não do parceiro de modo a, quem sabe, tentar contrariar essa tendência tão frequente e tão comum nas relações humanas.
Chamo a este processo «dança dos desacomodados». Porque houve dias em que também eu fui muito comodista e, mesmo sem grande jeito para a bola, às vezes lá caía na tentação de "chutar para canto", que é como quem diz, de pôr a responsabilidade das situações criadas por mim nos ombros do outro. Depois isso começou a incomodar-me e eu aprendi que, das duas uma: ou se é desacomodado ou não se aprende a viver.
Há que dançar esta dança, nem que para isso seja necessário ir ter umas aulas com um bom instrutor. Há que fazê-lo, há que aprender, porque quem tira as maiores vantagens desse passo acertado somos nós mesmos.
© [m.m. botelho]
Claro que chegar à conclusão que fomos nós e não o outro quem criou a situação é o passo n.º 1 (o mais complexo e também o mais difícil) na tomada de consciência de que a responsabilidade pela criação da situação é nossa e não do parceiro de modo a, quem sabe, tentar contrariar essa tendência tão frequente e tão comum nas relações humanas.
Chamo a este processo «dança dos desacomodados». Porque houve dias em que também eu fui muito comodista e, mesmo sem grande jeito para a bola, às vezes lá caía na tentação de "chutar para canto", que é como quem diz, de pôr a responsabilidade das situações criadas por mim nos ombros do outro. Depois isso começou a incomodar-me e eu aprendi que, das duas uma: ou se é desacomodado ou não se aprende a viver.
Há que dançar esta dança, nem que para isso seja necessário ir ter umas aulas com um bom instrutor. Há que fazê-lo, há que aprender, porque quem tira as maiores vantagens desse passo acertado somos nós mesmos.
© [m.m. botelho]