Faz hoje treze anos, mais ou menos por esta hora, estava eu numa rampa que dava acesso ao rio Mondego a ser baptizada como "Caloira" pela minha "Madrinha", que foi a minha irmã. Como o sangue corre pelas veias, o meu "penico" não transbordava, como a maior parte deles, e a minha "Madrinha" molhou-me apenas alguns cabelos e a parte de cima da cabeça e disse qualquer coisa como isto: «Mana, agora és oficialmente uma "Caloira" de Coimbra, uma estudante de Coimbra. Lembra-te: uma vez de Coimbra, para sempre de Coimbra».
Eu lá inculquei aquilo, ainda muito temerosa do que viria a ser Coimbra para mim, do que por lá iria passar, do penoso Curso em que me matriculara e coisas do género. Todavia, tudo isso passou, tudo teve um tempo, tudo teve um fim e agora, as memórias que sobram são as de dias como o de hoje há treze anos, dias de sol, únicos, especialíssimos, que não angustiam. E sobra aquela frase, aquela frase à qual na altura não dei grande importância e que viria a resumir tudo: «Uma vez de Coimbra, para sempre de Coimbra». Não há muito a dizer sobre isto, mas tenho a certeza de que quem passou por lá sente o mesmo e sabe o que ela significa.
© [m.m. botelho]
Eu lá inculquei aquilo, ainda muito temerosa do que viria a ser Coimbra para mim, do que por lá iria passar, do penoso Curso em que me matriculara e coisas do género. Todavia, tudo isso passou, tudo teve um tempo, tudo teve um fim e agora, as memórias que sobram são as de dias como o de hoje há treze anos, dias de sol, únicos, especialíssimos, que não angustiam. E sobra aquela frase, aquela frase à qual na altura não dei grande importância e que viria a resumir tudo: «Uma vez de Coimbra, para sempre de Coimbra». Não há muito a dizer sobre isto, mas tenho a certeza de que quem passou por lá sente o mesmo e sabe o que ela significa.
© [m.m. botelho]