Com este, são já três os Natais seguidos em que me encontro doente. Nada de muito grave, mas o suficiente para causar mossa. Faço tudo o que tenho que fazer, vou onde tenho de ir, mas a saúde não está no seu auge.
No ano passado, passei a semana inteira de cama e não fiz algo que já há muitos anos fazia: ir a Lisboa na semana que antecede o Natal.
Este ano, mesmo adoentada, lá fui eu a Lisboa, ontem. Passeei pela Baixa, comprei alguns presentes para oferecer e algumas coisas para mim [que eu também mereço!]. Fui passar os olhos pelos sítios de que gosto e muitos dos quais descobri sozinha, ao longo de anos. E acabei a noite a jantar sushi e sashimi no «Estado Líquido», acompanhado por um chá estimulante e afrodisíaco.
A conclusão a que chego é a de que Lisboa não muda muito de ano para ano. Por isso, devo ser eu que a vejo com outros olhos, não sei, mas apesar de a achar muito igual ao que sempre é, encontro uma "nova" Lisboa de cada vez que lá vou. E, para quem não é de lá, não tem trabalhos lá nem tem lá família, até vou lá regularmente, com mais regularidade do que à primeira vista seria de supor.
Nessas visitas regulares que faço à cidade, procuro concentrar-me no que lá vou fazer e não tanto na observação da cidade. A "visita de Natal" [vou chamar-lhe assim], por seu turno, tem já um pouco de balanço [talvez pelo aproximar do fim-de-ano] e talvez por isso eu olhe a cidade com outros olhos, mais detidamente, mais detalhadamente.
Sempre o fiz e hei-de continuar a fazer, porque as cidades são como as pessoas: envelhecem, bronzeam-se, deprimem-se, festejam. E porque as cidades merecem uma visita. Lisboa é uma das minhas cidades que continua a merecer a minha visita e desse estatuto que ela tem para mim eu não abdico. E se não abdiquei até agora, parece-me muito difícil que o venha a fazer.
© [m.m. botelho]
No ano passado, passei a semana inteira de cama e não fiz algo que já há muitos anos fazia: ir a Lisboa na semana que antecede o Natal.
Este ano, mesmo adoentada, lá fui eu a Lisboa, ontem. Passeei pela Baixa, comprei alguns presentes para oferecer e algumas coisas para mim [que eu também mereço!]. Fui passar os olhos pelos sítios de que gosto e muitos dos quais descobri sozinha, ao longo de anos. E acabei a noite a jantar sushi e sashimi no «Estado Líquido», acompanhado por um chá estimulante e afrodisíaco.
A conclusão a que chego é a de que Lisboa não muda muito de ano para ano. Por isso, devo ser eu que a vejo com outros olhos, não sei, mas apesar de a achar muito igual ao que sempre é, encontro uma "nova" Lisboa de cada vez que lá vou. E, para quem não é de lá, não tem trabalhos lá nem tem lá família, até vou lá regularmente, com mais regularidade do que à primeira vista seria de supor.
Nessas visitas regulares que faço à cidade, procuro concentrar-me no que lá vou fazer e não tanto na observação da cidade. A "visita de Natal" [vou chamar-lhe assim], por seu turno, tem já um pouco de balanço [talvez pelo aproximar do fim-de-ano] e talvez por isso eu olhe a cidade com outros olhos, mais detidamente, mais detalhadamente.
Sempre o fiz e hei-de continuar a fazer, porque as cidades são como as pessoas: envelhecem, bronzeam-se, deprimem-se, festejam. E porque as cidades merecem uma visita. Lisboa é uma das minhas cidades que continua a merecer a minha visita e desse estatuto que ela tem para mim eu não abdico. E se não abdiquei até agora, parece-me muito difícil que o venha a fazer.
© [m.m. botelho]