Há instantes, o meu sobrinho-afilhado entrou na sala onde estou para se despedir de mim. Eu tinha o computador ligado em cima da secretária e aberto no blogue do José Luís Peixoto porque estava a ler a crónica «Amor burguês», que me recomendaram por e-mail.
O sobrinho-afilhado trepa para a minha cadeira para me dar um beijo e um abraço, olha para o monitor do computador e diz: «O José Luís Peixoto é um escritor da minha Mãe, não é teu!». Isto porque a Mãe lê livros do José Luís Peixoto e está, presentemente, a ler o «Morreste-me», que o meu sobrinho-afilhado folheia e também lê porque tem o hábito de se enfiar no peito da Mãe nos momentos de leitura desta.
Eu fico parvinha de todo por isto: se a memória me não trai, há 3 anos, 6 meses e 8 dias o tipo estava a sair da barriga da Mãe para hoje estar aqui a ler com esta pinta e a dizer-me isto.
Se não é suposto que eu seja uma tia-madrinha babadona, não sei o que é suposto, mas que o meu sobrinho-afilhado é excepcional, lá isso é. É um miúdo incrível e mais não vale a pena dizer. Só visto.
© [m.m. botelho]
O sobrinho-afilhado trepa para a minha cadeira para me dar um beijo e um abraço, olha para o monitor do computador e diz: «O José Luís Peixoto é um escritor da minha Mãe, não é teu!». Isto porque a Mãe lê livros do José Luís Peixoto e está, presentemente, a ler o «Morreste-me», que o meu sobrinho-afilhado folheia e também lê porque tem o hábito de se enfiar no peito da Mãe nos momentos de leitura desta.
Eu fico parvinha de todo por isto: se a memória me não trai, há 3 anos, 6 meses e 8 dias o tipo estava a sair da barriga da Mãe para hoje estar aqui a ler com esta pinta e a dizer-me isto.
Se não é suposto que eu seja uma tia-madrinha babadona, não sei o que é suposto, mas que o meu sobrinho-afilhado é excepcional, lá isso é. É um miúdo incrível e mais não vale a pena dizer. Só visto.
© [m.m. botelho]