A minha Mãe é uma daquelas senhoras que é tão prendada que sabe fazer quase tudo o que é preciso numa casa. Desde arranjos eléctricos a bolos de chocolate, passando por duas ou três técnicas de canalização, a minha Mãe, que domina todas as agulhas e todos os pontos de crochet, bordados, malha e um monte de outras coisas [como renda de bilros, por exemplo], também pinta, desenha, constrói e, mais importante do que tudo isso, olha para as coisas que precisam de intervenção e é capaz de idealizar imediatamente uma solução, tal como olha para qualquer objecto ou estrutura e é capaz de descrever logo como é que foi feito ou montada. É uma espécie de Mãe "MacGyver".
É a minha Mãe quem faz uma boa parte dos cachecóis que uso sempre, diariamente. Tenho-os de toda a maneira e feitio. O mesmo sucede com a minha irmã e também é a minha Mãe quem faz os gorros, as luvas e muitos dos cachecóis que o meu sobrinho-afilhado usa e que todos, sem excepção, lhe elogiam no Colégio. Temos uma sorte fenomenal, porque as pessoas acabam sempre por elogiar essas peças, seja pela originalidade, seja pela perfeição com que estão feitas e nós podemos dizer, com orgulho, que quem as fez foi a nossa Mãe ou Avó.
Há menos de uma semana, a minha Mãe fez-me um gorro tão-somente fantástico. Viu o modelo na internet, olhou para a fotografia e, pegando nas agulhas e na lã, tricotou-o. A minha cabeça só foi necessária no início, para assegurar que o gorro não ficava apertado [sempre são uns senhores 58 centímetros que é preciso respeitar!].
Quem já viu o meu gorro, diz que é bonito e que me fica bem. Eu fico até um pouco surpreendida com os comentários, porque gosto muito de andar de caracóis ao léu e raramente cubro a cabeça [só quando o sol forte a isso obriga, mais do que quando o frio é de cortar a respiração], mas a verdade é que o gorro é autêntico [há alguns parecidos, mas ainda não vi nenhum igual] e, por isso, não admira que as pessoas reparem nele. O espanto maior surge quando revelo que foi a minha Mãe que o fez, seguido da desolação de ficarem a saber que não vão poder comprar um igual numa loja.
Há muito poucas pessoas com as capacidades da minha Mãe. A somar ao incontável amor que lhe tenho é, também, por isso que eu não a trocaria por nenhuma outra.
[Depois, quem é que me faria os gorros e os cachecóis?! :)]
© [m.m. botelho]
É a minha Mãe quem faz uma boa parte dos cachecóis que uso sempre, diariamente. Tenho-os de toda a maneira e feitio. O mesmo sucede com a minha irmã e também é a minha Mãe quem faz os gorros, as luvas e muitos dos cachecóis que o meu sobrinho-afilhado usa e que todos, sem excepção, lhe elogiam no Colégio. Temos uma sorte fenomenal, porque as pessoas acabam sempre por elogiar essas peças, seja pela originalidade, seja pela perfeição com que estão feitas e nós podemos dizer, com orgulho, que quem as fez foi a nossa Mãe ou Avó.
Há menos de uma semana, a minha Mãe fez-me um gorro tão-somente fantástico. Viu o modelo na internet, olhou para a fotografia e, pegando nas agulhas e na lã, tricotou-o. A minha cabeça só foi necessária no início, para assegurar que o gorro não ficava apertado [sempre são uns senhores 58 centímetros que é preciso respeitar!].
Quem já viu o meu gorro, diz que é bonito e que me fica bem. Eu fico até um pouco surpreendida com os comentários, porque gosto muito de andar de caracóis ao léu e raramente cubro a cabeça [só quando o sol forte a isso obriga, mais do que quando o frio é de cortar a respiração], mas a verdade é que o gorro é autêntico [há alguns parecidos, mas ainda não vi nenhum igual] e, por isso, não admira que as pessoas reparem nele. O espanto maior surge quando revelo que foi a minha Mãe que o fez, seguido da desolação de ficarem a saber que não vão poder comprar um igual numa loja.
Há muito poucas pessoas com as capacidades da minha Mãe. A somar ao incontável amor que lhe tenho é, também, por isso que eu não a trocaria por nenhuma outra.
[Depois, quem é que me faria os gorros e os cachecóis?! :)]
© [m.m. botelho]