O que tem de mais extraordinário o esforço dedicado à descoberta e compreensão do «eu» é o facto de, a cada passo em frente que damos, descobrirmos que há ainda mais percurso do que aquele que imaginávamos por percorrer.
Cada passo, cada tomada de consciência, cada autorreflexão funciona como uma espécie de vela que se acende adiante, sempre adiante. Não importa que as pernas doam, que haja silvas e ervas daninhas que nos cortam e rasgam a carne, não importa que o pó nos cubra o corpo e nos encha as narinas: uma vez iniciado o trajecto, tudo o que queremos, almejamos e desejamos com cada réstia de força que temos é chegar a uma meta, ainda que não seja a final. Porque há, com efeito, várias metas, não há apenas "a" meta.
A estrada está cheia de pequenas fitas para cortar, pequenas conquistas para alcançar, que aos olhos alheios podem até parecer insignificantes, mas aos nossos são exactamente o oposto. Nessas pequenas metas intermédias descansamos o corpo, a alma, reforçamos a vontade de avançar e refocamo-nos no essencial: nós mesmos.
É maravilhoso porque é gratificante. É maravilhoso porque nos faz tomar consciência das nossas forças e das nossas fraquezas e tomar a iniciativa de transformar estas naquelas. É maravilhoso porque nos permite sermos para além do que achávamos possível. E é maravilhoso porque nos leva a sorrir, não por graça, mas por satisfação. E essa é, seguramente, uma das melhores sensações que uma pessoa que esteja viva e se sinta viva pode experimentar.
© [m.m. botelho]
Cada passo, cada tomada de consciência, cada autorreflexão funciona como uma espécie de vela que se acende adiante, sempre adiante. Não importa que as pernas doam, que haja silvas e ervas daninhas que nos cortam e rasgam a carne, não importa que o pó nos cubra o corpo e nos encha as narinas: uma vez iniciado o trajecto, tudo o que queremos, almejamos e desejamos com cada réstia de força que temos é chegar a uma meta, ainda que não seja a final. Porque há, com efeito, várias metas, não há apenas "a" meta.
A estrada está cheia de pequenas fitas para cortar, pequenas conquistas para alcançar, que aos olhos alheios podem até parecer insignificantes, mas aos nossos são exactamente o oposto. Nessas pequenas metas intermédias descansamos o corpo, a alma, reforçamos a vontade de avançar e refocamo-nos no essencial: nós mesmos.
É maravilhoso porque é gratificante. É maravilhoso porque nos faz tomar consciência das nossas forças e das nossas fraquezas e tomar a iniciativa de transformar estas naquelas. É maravilhoso porque nos permite sermos para além do que achávamos possível. E é maravilhoso porque nos leva a sorrir, não por graça, mas por satisfação. E essa é, seguramente, uma das melhores sensações que uma pessoa que esteja viva e se sinta viva pode experimentar.
© [m.m. botelho]