O meu sobrinho lê desde os dois anos e meio. Agora, que já passou os três, não só lê como interpreta. Não quer que ninguém lhe leia as histórias antes de ir dormir, quer ser ele mesmo a pegar no livro, escolher a história e lê-la em voz alta para ele mesmo. Ninguém o ensinou a ler: naquela cabecinha fantástica que ele tem, foi capaz de perceber como funciona este código de letras que formam palavras que formam parágrafos que formam histórias.
Na passada semana, na quarta-feira, jogou à bola no Colégio. Segundo o seu relato entusiasta, corroborado pela educadora de infância e pelo motorista da carrinha que o vem trazer a casa, marcou dois golos. «Dois golos, dois!», repetiu, muitas vezes, à bisavó. Ninguém o ensinou a jogar à bola: naquela cabecinha fantástica que ele tem, foi capaz de perceber como funciona o código de passes que formam jogadas que originam remates que marcam golos.
Eu, acho que em toda a minha vida só marquei três golos (e até nem desgostava nem desgosto de jogar à bola, não tinha e não tenho é queda para a concretização dos golos). Assim sendo, há esperança! Há esperança de que, afinal, o meu sobrinho não seja um «nerd» como eu. Fiquemo-nos, portanto, pela mancha sépia na pele, a covinha no queixo e a mania das perguntas, que já ficamos muito bem.
© [m.m. botelho]
Na passada semana, na quarta-feira, jogou à bola no Colégio. Segundo o seu relato entusiasta, corroborado pela educadora de infância e pelo motorista da carrinha que o vem trazer a casa, marcou dois golos. «Dois golos, dois!», repetiu, muitas vezes, à bisavó. Ninguém o ensinou a jogar à bola: naquela cabecinha fantástica que ele tem, foi capaz de perceber como funciona o código de passes que formam jogadas que originam remates que marcam golos.
Eu, acho que em toda a minha vida só marquei três golos (e até nem desgostava nem desgosto de jogar à bola, não tinha e não tenho é queda para a concretização dos golos). Assim sendo, há esperança! Há esperança de que, afinal, o meu sobrinho não seja um «nerd» como eu. Fiquemo-nos, portanto, pela mancha sépia na pele, a covinha no queixo e a mania das perguntas, que já ficamos muito bem.
© [m.m. botelho]