Ao ler isto que a Ana escreveu, não consegui deixar de ter presente que, para mim, tudo o que não seja indiferença tem uma conotação positiva ou negativa. Por isso, em situações como a descrita no post da Ana, opto por trabalhar interiormente o que sinto, até atingir o estado de indiferença (como se nunca houvesse conhecido a pessoa, como se nada soubesse sobre aquela pessoa).
Para atingir este estado, ajuda-me muito focar-me em mim e só em mim sempre que me dou conta de que estou a despender energias desnecessárias com quem não devo. Se isso acontecer, nada como tomar consciência do facto, recentrar-me em mim e lembrar-me de que tudo tem um retorno e que, portanto, produzir (ainda que apenas com o pensamento) energias negativas ou que me desgastem, tem um preço que serei eu mesma a pagar, para além de ser uma inutilidade de todo o tamanho.
Não permito que as pessoas se transformem em fantasmas ou espectros, muito menos as guardo em gavetas. Se não as quero ao pé de mim, envio-as e às suas energias de volta para o Universo. Só quero junto a mim o que for meu, o que não for, que retorne para onde veio.
Os esqueletos no armário atrapalham. Mais tarde ou mais cedo, atrapalham, porque há um dia em que, graças ao hábito, vamos abrir novamente o armário para guardar lá outro esqueleto e o armário rebenta pelas costuras, lançando sobre nós os esqueletos armazenados ao longo do tempo todos de uma só vez.
Eu prefiro lidar com um assunto de cada vez, resolver as coisas o mais rápida e eficientemente possível enquanto têm uma dimensão que justifique que perca algum tempo em torno delas e depois limito-me a seguir com a minha vida em frente e a procurar o caminho para ser feliz, sem espectros, sem fantasmas a perseguir-me.
Agora, que a frase dos Arcade Fire («just because you've forgotten, that don't mean you're forgiven») é uma grande frase, lá disso não há dúvida, mas é uma frase de ligação, uma frase que prende, uma frase que reflecte a vontade de alimentar uma cadeia (ainda por cima, negativa), uma frase que mantém um canal (negativo), ainda que invisível, entre as duas pessoas.
Ao invés, em idênticas situações, prefiro usar uma frase muito mais simples: «o Universo equilibra». Sim, é verdade: o Universo, à sua maneira, com as suas voltas e reviravoltas, no seu tempo e no seu lugar, equilibra. Há quem lhe chame «Deus a escrever direito por linhas tortas». Chamemos-lhe o que quisermos, mas que acontece, acontece. Basta estar atento aos sinais, porque «o Universo equilibra» e novos e indubitavelmente melhores destinos surgem diante dos nossos olhos. Sem espectros a assombrar nada, só uma imensa luz e uma enorme tranquilidade a servirem-nos de guia.
© [m.m. botelho]
Para atingir este estado, ajuda-me muito focar-me em mim e só em mim sempre que me dou conta de que estou a despender energias desnecessárias com quem não devo. Se isso acontecer, nada como tomar consciência do facto, recentrar-me em mim e lembrar-me de que tudo tem um retorno e que, portanto, produzir (ainda que apenas com o pensamento) energias negativas ou que me desgastem, tem um preço que serei eu mesma a pagar, para além de ser uma inutilidade de todo o tamanho.
Não permito que as pessoas se transformem em fantasmas ou espectros, muito menos as guardo em gavetas. Se não as quero ao pé de mim, envio-as e às suas energias de volta para o Universo. Só quero junto a mim o que for meu, o que não for, que retorne para onde veio.
Os esqueletos no armário atrapalham. Mais tarde ou mais cedo, atrapalham, porque há um dia em que, graças ao hábito, vamos abrir novamente o armário para guardar lá outro esqueleto e o armário rebenta pelas costuras, lançando sobre nós os esqueletos armazenados ao longo do tempo todos de uma só vez.
Eu prefiro lidar com um assunto de cada vez, resolver as coisas o mais rápida e eficientemente possível enquanto têm uma dimensão que justifique que perca algum tempo em torno delas e depois limito-me a seguir com a minha vida em frente e a procurar o caminho para ser feliz, sem espectros, sem fantasmas a perseguir-me.
Agora, que a frase dos Arcade Fire («just because you've forgotten, that don't mean you're forgiven») é uma grande frase, lá disso não há dúvida, mas é uma frase de ligação, uma frase que prende, uma frase que reflecte a vontade de alimentar uma cadeia (ainda por cima, negativa), uma frase que mantém um canal (negativo), ainda que invisível, entre as duas pessoas.
Ao invés, em idênticas situações, prefiro usar uma frase muito mais simples: «o Universo equilibra». Sim, é verdade: o Universo, à sua maneira, com as suas voltas e reviravoltas, no seu tempo e no seu lugar, equilibra. Há quem lhe chame «Deus a escrever direito por linhas tortas». Chamemos-lhe o que quisermos, mas que acontece, acontece. Basta estar atento aos sinais, porque «o Universo equilibra» e novos e indubitavelmente melhores destinos surgem diante dos nossos olhos. Sem espectros a assombrar nada, só uma imensa luz e uma enorme tranquilidade a servirem-nos de guia.
© [m.m. botelho]