24.12.11

«muito estilo»

A minha Mãe para o meu sobrinho-afilhado-maravilha:
- F., então vamos lá: deseja à Madrinha um Feliz Natal e diz-lhe que peça ao Menino Jesus que lhe dê muita saúde e muito juízo.
E diz o F., voltado para mim:
- Madrinha, Feliz Natal e pede ao Menino Jesus que te dê muita saúde e muito estilo.

Facto assente: o meu sobrinho-afilhado-maravilha, que é um tipo brilhantemente inteligente, percebe que não vale de muito ter juízo se não se tiver muito estilo, portanto, toca de pedir ao Menino Jesus que me dê este último, já que para pedir que me dê juízo já cá está a minha Mãe.

[Grande F.! Oxalá o Menino Jesus te dê também muita saúde e muito juízo, mas também muito, muito estilo, meu querido amor. E não só no Natal, mas por toda a tua vida. Adoro-te, afilhado lindo. Também, como não te adorar, não é?]

© [m.m. botelho]

23.12.11

lisboa no natal

Com este, são já três os Natais seguidos em que me encontro doente. Nada de muito grave, mas o suficiente para causar mossa. Faço tudo o que tenho que fazer, vou onde tenho de ir, mas a saúde não está no seu auge.

No ano passado, passei a semana inteira de cama e não fiz algo que já há muitos anos fazia: ir a Lisboa na semana que antecede o Natal.

Este ano, mesmo adoentada, lá fui eu a Lisboa, ontem. Passeei pela Baixa, comprei alguns presentes para oferecer e algumas coisas para mim [que eu também mereço!]. Fui passar os olhos pelos sítios de que gosto e muitos dos quais descobri sozinha, ao longo de anos. E acabei a noite a jantar sushi e sashimi no «Estado Líquido», acompanhado por um chá estimulante e afrodisíaco.

A conclusão a que chego é a de que Lisboa não muda muito de ano para ano. Por isso, devo ser eu que a vejo com outros olhos, não sei, mas apesar de a achar muito igual ao que sempre é, encontro uma "nova" Lisboa de cada vez que lá vou. E, para quem não é de lá, não tem trabalhos lá nem tem lá família, até vou lá regularmente, com mais regularidade do que à primeira vista seria de supor.

Nessas visitas regulares que faço à cidade, procuro concentrar-me no que lá vou fazer e não tanto na observação da cidade. A "visita de Natal" [vou chamar-lhe assim], por seu turno, tem já um pouco de balanço [talvez pelo aproximar do fim-de-ano] e talvez por isso eu olhe a cidade com outros olhos, mais detidamente, mais detalhadamente.

Sempre o fiz e hei-de continuar a fazer, porque as cidades são como as pessoas: envelhecem, bronzeam-se, deprimem-se, festejam. E porque as cidades merecem uma visita. Lisboa é uma das minhas cidades que continua a merecer a minha visita e desse estatuto que ela tem para mim eu não abdico. E se não abdiquei até agora, parece-me muito difícil que o venha a fazer.

© [m.m. botelho]

17.12.11

cesária


Cesária Évora & Marisa Monte. «É doce morrer no mar».
Do álbum «Café Atlântico» [1999].

Morreu hoje Cesária Évora. Na despedida, outra vez a minha canção favorita na sua voz: «é doce morrer no mar». Até sempre, Cesária, «nas ondas verdes do mar».

© [m.m. botelho]

a brincadeira imita a realidade

Ontem, eu e o meu sobrinho-afilhado-maravilha estivemos a construir várias "Torres 5" do "Bairro do Aleixo" em Lego, que depois fazíamos colapsar com grande estrondo. É a brincadeira a imitar a realidade, mas desta vez sem perímetros de segurança, explosivos, bombeiros e polícias à mistura.

Fartámo-nos de rir. E foi tão bom. :)

[m.m. botelho]

16.12.11

«esta história não é tua»

Hesitei muito entre contar ou não aqui a história que me levou a escrever os posts «amargo de boca» e «instantâneos [42]», mas optei por fazê-lo, agora que tudo chegou ao fim e que me resigno com o lamentável desfecho que isto teve. Cá vai ela.

No início de Novembro, celebrei com a TMN um contrato que me permitia adquirir um iPhone a um preço reduzido, desde que subscrevesse um determinado tarifário e me vinculasse a ele durante o período de 24 meses. Na loja informaram-me que, caso repensasse a situação e quisesse voltar atrás na decisão, bastaria devolver o equipamento na caixa original e com os acessórios originais, tudo em excelente estado de conservação, no prazo de 30 dias e que o montante que eu tinha pago me seria devolvido e o contrato resolvido.

Passados sete dias, quis resolver o contrato com a TMN. Dirigi-me à loja e, junto do mesmo funcionário, apresentei o iPhone tal como me tinha sido dito uma semana antes e disse que queria resolver o contrato. O funcionário verificou o equipamento, pegou nas cópias dos contratos e dirigiu-se ao interior da loja. Passados 40 minutos, regressou e informou-me de que eu não poderia devolver o equipamento à TMN, mas teria de o fazer junto da Apple, pois a TMN só poderia aceitar a devolução caso a Apple a aceitasse previamente.

Fiquei muito espantada e disse-lhe que isso era ridículo, visto que a Apple era um terceiro alheio ao meu contrato com a TMN. Se eu tinha celebrado o contrato com a TMN, era com a TMN que tinha de o resolver e não com a Apple. Perante a recusa do funcionário, apresentei uma reclamação por escrito.

Passados 2 dias, fui informada telefonicamente de que deveria contactar a Apple, ou seja, repetiram a informação dada pelo funcionário na loja. Então, eu escrevi um e-mail ao "Apoio a Clientes Comerciais da PT" (que é o que eu sou), expondo toda a situação e pedindo uma resposta por escrito. Como resposta, recebi um daqueles e-mails automáticos que dizem que o e-mail foi recebido e a situação será analisada e respondida no prazo de 10 dias.

Passados 10 dias, nenhuma informação me havia sido dada. Voltei à loja para devolver o equipamento, mas uma vez mais a TMN "empurrou" o assunto para a Apple. Insisti via e-mail e a resposta lá veio: teria de contactar a Apple. A contragosto, contactei a Apple e eis que a Apple me informa, via e-mail, de que a informação prestada pela TMN é falsa e de que a Apple é absolutamente alheia aos contratos celebrados entre as operadoras e os seus clientes e que as normas desses contratos são estabelecidas exclusivamente pelas operadoras, ou seja, a Apple veio dizer aquilo que eu já havia antecipado logo no primeiro dia em que a TMN tentou "empurrar" a resolução da questão para a Apple.

Então, eu enviei por e-mail à TMN o e-mail da Apple e pedi que se pronunciassem agora, perante este novo facto, sobre como pretendiam resolver a situação. E regressei à loja onde, pela terceira vez e sempre junto do mesmo funcionário, tentei resolver o contrato e devolver o iPhone. Uma vez mais, da parte do "Apoio a Clientes Comerciais da PT" obtive silêncio e da parte do funcionário da loja obtive espanto, que eram as informações que lhe tinham dado, que não sabia que a Apple não tinha intervenção no processo de resolução dos contratos, que sempre pensou que os equipamentos tinham de ser devolvidos à Apple, que ia enviar o e-mail da Apple para um departamento da TMN que me daria uma resposta definitiva em 48 horas.

E eu, pela terceira vez, farta de ser enganada, pedi ao funcionário que chamasse o gerente de loja e, então, chamei "mentirosa" e "falsária" à TMN, disse-lhes que a TMN tinha inventado aquela patranha da necessidade da autorização prévia da Apple apenas para me enganar, para prolongar o procedimento de resolução do contrato, para me impedir de exercer o meu direito que o próprio funcionário da loja me havia dito que eu podia exercer durante 30 dias.

E eis que ele, o funcionário, que até ali sempre havia fingido ser um totó que se limitava a cumprir ordens superiores, se volta para mim e diz que o prazo para troca e devolução dos equipamentos só existe nas vendas online e não nas vendas presenciais e que, como eu tinha adquirido o equipamento na loja, não tinha direito a qualquer resolução do contrato a não ser no dia em que o celebrei.

Ele, que me tinha dito que eu tinha o prazo de 30 dias para devolver o equipamento e resolver o contrato, estava agora a dizer-me que não, que eu não tinha direito a qualquer prazo para o fazer! Isto é: a dar o dito por não dito, a mentir, a falsear, a "fugir com o rabo à seringa", a dizer que não disse o que disse!

Fiquei transtornada, como é óbvio. Cheguei a casa, procurei todos os talões e condições gerais. Em nenhum consta expressamente que posso devolver o equipamento ou resolver o contrato. De acordo com a legislação vigente, isso fica ao critério de cada loja, logo, a TMN, depois de ter tentado "empurrar" a culpa da impossibilidade de resolução para a Apple sem sucesso (apenas para branquear a sua imagem, claro, ainda que isso "queime" a imagem da Apple), admite, só porque é obrigada, que afinal não resolve o contrato e não aceita o equipamento porque essa é a sua política de vendas, ao contrário daquilo que diz aos clientes, mas apenas verbalmente.

Em suma, os funcionários das lojas TMN dão informações falsas aos clientes no que respeita ao processo de trocas e/ou resoluções dos contratos e ficam impunes por isso, porque a grande questão que se coloca aqui é a da prova: como tudo se passou verbalmente e, ainda por cima, eu não tinha testemunhas na altura da compra, não tenho como provar que o funcionário da TMN me disse expressamente que eu poderia resolver o contrato no prazo de 30 dias, visto que ele mesmo nega tê-lo dito. Não tendo como fazer a prova, nada mais me resta senão resignar-me.

É por isso que toda esta situação que veio a lume no dia 8 de Dezembro poderia estar resolvida três semanas antes se a TMN tivesse admitido logo que não resolveria o contrato comigo porque não resolve contratos feitos presencialmente e não tivesse andado a inventar patranhas para me "enrolar". Talvez nesse caso eu tivesse compreendido e não me tivesse sentido enganada. E talvez assim a TMN tivesse conseguido salvar uma relação com uma cliente, o que não conseguiu, porque findo o período de vinculação, a operadora em causa não verá nem mais um cêntimo da minha parte [percebe-se melhor agora o post «amargo de boca»?].

De igual modo, também não vou esquecer que o funcionário da loja, que terá a minha idade ou muito perto disso, negou nos meus olhos o que me tinha dito um mês antes com a voz a tremer, o rosto vermelho como um pimento, os olhos raiados como os de um puto que quase vai chorar enquanto o lábio inferior lhe tremia. É dos espectáculos mais deprimentes a que podemos assistir: ver alguém já crescidinho (com mais de 10 anos, vá) mentir [percebe-se melhor agora o post «instantâneos [42]»?]

E pronto. Pode ser que agora, que está contada a história, se leiam os referidos posts com os olhos com que têm de ser lidos e sem deturpações. Afinal, não passam de posts sobre a minha triste aventura com a TMN e nada mais.

É como canta o Jorge Palma: «Deixa-me rir, esta história não é tua». Se calhar, até podia ser, mas não é. É minha e da TMN, só isso. Valha-me a santinha dos iPhones.

© [m.m. botelho]

15.12.11

instantâneos [43]

[visto aqui]

Nem de propósito: depois de eu ter escrito isto.

13.12.11

as palavras dos outros

Uma das melhores "etiquetas" que este blogue tem é "citações". Diz imenso sobre mim e sobre o que penso com as palavras dos outros e (sem qualquer pedido de perdão pela imodéstia que é inteiramente assumida) isso é um inegável sinal de inteligência: usar as palavras dos outros para dizer o que queremos dizer tem muitas vezes muito mais impacto do que usar as nossas.

[Todavia, isto é muito diferente do ser mero "macaquinho de repetição" do que os outros dizem. Há pessoas que, às vezes, abrem a boca para falar ou os blogues para escrever e tudo o que lhes sai é um chorrilho de frases idênticas às que já ouvimos a outra pessoa (regra geral, a uma pessoa que lhes é próxima). É patético que o façam com qualquer pessoa, mas torna-se ainda mais patético que o façam perante pessoas como eu, que têm memória de elefante e imediatamente vão identificar "a fonte". E quando se acabarem as frases feitas, o que farão? Eu cá tenho uma ideia, que já vi fazer a outros: pegarão no telemóvel, farão uma chamada e dirão: «Já disse tudo o que me disseste, mas não resultou. E agora, o que é que eu faço?». É só uma ideia, nem sequer seria novidade.]

Mas adiante, que eu não quero dispersar-me do objectivo do meu texto que era, uma vez mais, recorrer às palavras alheias para expressar o que sinto neste momento, palavras alheias essas que o farão muito melhor do que as minhas. Com efeito, há um ditado galego que diz assim: «río abaixo vai un tonto, deixar ir que a súa intención leva». Eu sou o tonto, como é óbvio. Deixai-me ir, portanto, que a minha intenção levo, ainda que, aqui e ali, possa parecer que não. Eu sei que vou chegar a algum lado e isso é tudo o que importa e não, não tenho de andar para aí a gritar aos quatro ventos qual é a minha meta. «Live and let live», como dizem os britânicos. Olha, mais um ditado (e o título de uma canção do Cole Porter). Eu bem digo que isto está tudo inventado desde a Babilónia Antiga.

© [m.m. botelho]

12.12.11

«life is never kind»


The Smiths. «I don't owe you anything».
Do álbum «I don't owe you anything» [1984].

11.12.11

instantâneos [42]

[visto aqui]

9.12.11

t-shirt lisa e branca

fonte: web
[autoria impossível de identificar]

O que eu e John Lennon temos em comum é que morremos (ele) e nascemos (eu) ambos no mesmo ano (1980) e somos (eu, porque ele "era") ambos pacifistas.

De resto, Lennon defendia e sonhava com uma data de coisas com as quais eu não concordo porque não creio que seja através delas que o mundo poderia resolver os seus problemas e se tornaria no local paradisíaco que ele proclamava.

A sua fotografia de que eu mais gosto é a que ilustra este post: Um John jovem, de t-shirt lisa e branca, segurando a cabeça com a mão (uma das minhas posições favoritas para escutar as pessoas) e uns óculos de massa que lhe assentavam tão bem. Ao contrário da maioria das pessoas, eu gosto mais deste Lennon do que do mais velho.

Morreu a 09/12/1980. Faz hoje 31 anos.

© [m.m. botelho]

amargo de boca

Abomino gente mentirosa. Considero aberrante gente que eterniza situações com trotes, que prolonga coisas que podiam estar esclarecidas há séculos desde que a verdade, por muito que envergonhasse, fosse admitida. Cada um assumia a sua quota de responsabilidade, pagava os encargos que lhe incumbissem e ia à sua vida.

A mentira corrói, destrói as relações - ou o pouco que resta delas - e afasta definitiva e irremediavelmente as pessoas.

A maior parte das vezes, prolongar estas situações é não só desnecessário como contraproducente. Do pouco que podia aproveitar-se, fica nada. E o nada é quase sempre sinónimo de amargo de boca para os que ainda dão para esse peditório.

Não é o meu caso. Felizmente, já não é o meu caso.

© [m.m. botelho]

7.12.11

«o caminho correcto e único não existe»

«"Você tem o seu caminho.
Eu tenho o meu.
O caminho correto e único não existe."

Eis o trecho de um poema de Robert Frost:
"Diante de mim havia duas estradas.
Escolhi a estrada menos percorrida
E isso fez toda a diferença."

Seguindo a mesma linha, M. Scott Peck, em "A trilha menos percorrida", adverte que nada é fácil quando saímos da rota mais comum: "É humano – e sábio – temer o desconhecido, ficar ao menos um pouco apreensivo ao embarcar em uma aventura. No entanto, é somente com as aventuras que aprendemos coisas importantes."

Ele explica, em seu livro, que o crescimento pessoal é uma tarefa árdua e complexa, que dura a vida toda, e um caminho no qual não existem muitos atalhos, basicamente(*) porque os atalhos são construídos, passo a passo, com as pegadas das próprias pessoas. No entanto, essa maneira de caminhar em direção ao desconhecido contém sabedoria e realização.

Para Peck,
"é provável que nossos momentos mais sublimes ocorram quando nos sentirmos profundamente abatidos, infelizes ou descontentes. É somente nesses momentos que, movidos pela insatisfação, seremos capazes de sair da trilha já percorrida e buscar respostas mais verdadeiras em outros caminhos."»
Allan Percy, in «Nietzsche Para Estressados: 99 Doses de Filosofia
para Despertar a Mente e Combater as Preocupações»
[2011],
editora Sextante [Brasil], p. 94, citação 88.

Mesmo em português do "Brasiú" porque (ainda) não foi editado por cá, um livro que vale a pena ler, para rir, chorar e, acima de tudo, relembrar que sob aquele fatalismo (e bigode) todo, Nietzsche era um génio da simplicidade, a genialidade provavelmente mais rara de encontrar e mais fascinante de descobrir.

(*) E o que eu embirro com a expressão "basicamente", senhores? "Basicamente" quer dizer, "basicamente", o quê? Palavra de honra que não estou a ser picuinhas, mas "basicamente" quer dizer, "basicamente", nada ou, como diria o próprio Nietszche, "nihil". Basta dizer a frase sem a palavra para perceber que não altera nada, absolutamente nada, o seu significado. Pois é.

© [m.m. botelho]

descubra as diferenças

Encomenda na loja online da «Apple» em 25/11/2011 (produto imediatamente disponível, com prazo de entrega em cinco dias úteis, dizem eles): entrega em 29/11/2011 (note-se que dias 26 e 27/11 foram sábado e domingo);
Encomenda na loja online da «FNAC» em 25/11/2011 (produto imediatamente disponível, com pedido de entrega por CTT Express, o que equivale a entrega no prazo de um dia útil, dizem eles): entrega em 07/12/2011.

[Parece que não é só no Reino da Dinamarca que algo está podre, caro Hamlet. Na República de Portugal e no que respeita às compras via lojas online, as coisas também já conheceram dias bem melhores.]

© [m.m. botelho]

5.12.11

ver o nascer do sol

Acordar às 6h30 para estar a bulir 20 minutos depois não é coisa que eu imaginasse conseguir fazer, por exemplo, há um ano. A realidade é que, um ano volvido, consigo. A verdade é que, desde há uns meses, o meu corpo é um "relógio despertador" que procura deitar-se sempre à mesma hora, adormece quase sempre à mesma hora e acorda sistematicamente oito horas depois, às vezes sete. Levei muito tempo, cerca de um ano, a "autodisciplinar" aquilo que andei anos a "desregular", mas consegui.

Agora, estou tão "despertador", que se tenho alguma preocupação ou algum compromisso em mente, sucede-me com frequência acordar assim, a estas horas fantásticas, ainda o dia não se fez. E tenho tempo para tudo e mais alguma coisa, até para escrever posts ao pequeno-almoço, enquanto espreito os jornais do dia.

Não deixei de estudar, de investigar, de ler, de ouvir música, de ver filmes. Faço tudo isso, mas faço-o durante o dia. Por exemplo, o que antigamente gostava imenso de fazer à noite (ler), agora faço a meio da manhã, como intervalo e garanto que é igualmente prazeroso. Claro que não resisto a ler quatro ou cinco páginas antes de adormecer, mas não passa disso, de quatro ou cinco páginas e já não de capítulos inteiros, como sucedia antes.

Isto tudo por aqui já não anda a mudar, já mudou. E eu gosto muito destas mudanças. Das grandes janelas do meu escritório vou ver o nascer do sol e isso é um privilégio que nenhum de nós, se fosse suficientemente perspicaz, deveria desperdiçar. Quando era miúda, gostava de o ver antes de ir dormir. Agora que sou mais graúda, vejo-o antes de começar a trabalhar. O importante, mesmo, é não deixar de o ver se gostar de o fazer.

[Nota: articular este texto com a canção do post anterior. Talvez assim um e outro façam mais sentido.]

© [m.m. botelho]

(time) better not stop


«We trust», projecto de André Tentugal. «Time (better not stop)».
Do álbum «These new countries» [2011].

3.12.11

uma possibilidade de definição [3]

visto aqui

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